Economia

ADM lança programa de certificação para soja sustentável

Uma das maiores traders mundiais de grãos informou que lançará programa de certificação de soja sustentável no Brasil, visando atender compradores europeus

Grãos de soja: o programa tem como foco principal, especificamente, a União Europeia (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Grãos de soja: o programa tem como foco principal, especificamente, a União Europeia (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 18h01.

São Paulo - A Archer Daniel Midlands, uma das maiores traders mundiais de grãos, informou nesta sexta-feira que lançará um programa de certificação de soja sustentável no Brasil, visando atender a demanda de compradores europeus. 

O programa, que deve incluir 120 dos 6 mil produtores brasileiros que produzem para a ADM até o fim do ano, tem como foco principal, especificamente, a União Europeia, em particular a Holanda, disse Amanda Cosenza, gerente de sustentabilidade para a ADM na América do Sul.

O Brasil, segundo maior produtor de soja do mundo após os Estados Unidos, embarca quase 70 por cento de sua soja para a China, embora alguns exportadores estejam buscando diversificar o mercado devido a desaceleração do crescimento da maior economia asiática. 

A ADM não quis divulgar dados de exportações.

Outras companhias no Brasil também trabalham para provar que sua soja não contribui para o desmatamento da Amazônia ou que não emprega mão de obra escrava.

O programa da ADM vai ser expandido nos próximos anos e deve ser lançado no Paraguai também, disse Cosenza.  “Isso está em linha com a demanda”, disse ela em entrevista.

Representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que inclui os maiores traders de soja no Brasil, viajaram para a Europa no mês passado para discutir a sustentabilidade da soja e seu programa Soja Plus. 

Os esforços do setor privado para atender demandas da Europa para soja sustentável, um dos principais insumos na alimentação animal, acontecem em meio a mudanças de políticas no Brasil.

O governo estendeu, no ano passado, uma moratória sobre a compra de soja cultivada em área desmatada ilegalmente na floresta amazônica até 2016.  Até lá, o governo espera terminar de registrar todas as propriedades agrícolas no Brasil, considerado um primeiro passo para implementação de um novo código florestal aprovado em 2012.

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