Economia

Nova taxa de desemprego deve se manter elevada

No trimestre encerrado em maio eram 12,7% de desocupados no Brasil, o equivalente a 13,2 milhões de pessoas

DESEMPREGO: Novos resultados devem vir em linha com a antiga medição do IBGE por conta da fraca atividade econômica / (Reinaldo Canato/VEJA) (Reinaldo Canato/VEJA)

DESEMPREGO: Novos resultados devem vir em linha com a antiga medição do IBGE por conta da fraca atividade econômica / (Reinaldo Canato/VEJA) (Reinaldo Canato/VEJA)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 31 de julho de 2018 às 07h02.

Última atualização em 31 de julho de 2018 às 10h04.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua com dados agregados de desemprego do mês de junho. Pela previsão de mercado, a taxa deve se manter parecida com a do período passado, considerando ajustes de sazonalização. No trimestre encerrado em maio eram 12,7% de desocupados no Brasil, o equivalente a 13,2 milhões de pessoas.

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O resultado passado ficou 0,2 ponto percentual abaixo do que foi visto no trimestre até abril. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o desemprego havia sido de 13,3%. A fraca movimentação teve lastro no movimento de desalento dos trabalhadores, que desistiram de procurar uma vaga de trabalho em virtude da atividade econômica abaixo do esperado.

Trata-se do mesmo fenômeno que está presente na nova Pnad. Sem retomada da economia, não há vagas. “Além dos impactos da paralisação do transporte de cargas, o baixo dinamismo do mercado de trabalho ajuda a explicar a recuperação ‘morna’ da atividade no período recente”, diz a projeção macroeconômica do banco Santander.

Apesar disso, o Santander aponta que a combinação de um bom resultado no IPCA-15, a prévia da inflação, e menor uma pressão do dólar afastam os receios do Comitê de Política Monetária em subir os juros. A nova reunião de ajuste da Selic começa nesta terça-feira. “Sem o risco imediato de desancoragem das expectativas, o Copom tende a ficar mais confortável para manter a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 6,5% a.a”, diz o relatório. É mais um sinal de que o fraco desempenho econômico deve se manter estável no segundo semestre, sem novas pressões inflacionárias. O desemprego, portanto, deve continuar alto até a disputa presidencial, virando um dos grandes temas de debate entre os candidatos.

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