Economia

A briga está só começando

O megainvestidor húngaro George Soros já entrou no jogo. O bilionário indiano Vinod Khosla, responsável pelo financiamento que deu origem ao Google também. Aos poucos, empresários, fundos de private equity e grandes multinacionais começam a participar da disputa pelo mercado brasileiro de etanol (tanto Soros quando Khosla já compraram participações em empresas nacionais que atuam […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

O megainvestidor húngaro George Soros já entrou no jogo. O bilionário indiano Vinod Khosla, responsável pelo financiamento que deu origem ao Google também. Aos poucos, empresários, fundos de private equity e grandes multinacionais começam a participar da disputa pelo mercado brasileiro de etanol (tanto Soros quando Khosla já compraram participações em empresas nacionais que atuam no setor). A própria Santelisa Vale já entrou no circuito "global" ao atrair investimentos do banco Goldman Sachs, do fundo Riverstone Carlyle e da americana Global Foods - que hoje fazem parte do grupo. Estima-se que os estrangeiros tenham investido mais de 2,2 bilhões de dólares neste setor, no Brasil, desde 2000.

A disputa está longe de acontecer apenas no Brasil. Os Estados Unidos, por exemplo, já investem em etanol produzido a partir do milho e de celulose. O presidente George W.Bush já afirmou que sua meta e reduzir o consumo de combustíveis fósseis no país em 20% até 2017. Na prática, isso significa que em apenas uma década a demanda por etanol que pode alcançar 132 bilhões de litros por ano em apenas uma década - mais de três vezes a atual produção mundial de etanol. Para alcançar essa meta, os Estados Unidos não poupam dinheiro. O Departamento de Energia do governo federal americano vai distribuir 385 milhões de dólares nos próximos quatro anos às seis empresas que estão erguendo as primeiras usinas de etanol produzido a partir da celulose.

Para continuar à frente de seus negócios - e na liderança mundial deste setor - as empresas brasileiras terão não apenas que continuar a fazer dramáticas mudanças na gestão (boa parte delas ainda é familiar), como terão que investir em tecnologia. "O assédio estrangeiro está apenas começando", diz um grande usineiro. "E isso significa que temos tanto riscos quanto oportunidades pela frente."

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