Economia

Para 63% da população, o preço dos combustíveis está menor agora do que há um mês

O dado é da pesquisa do Instituto FSB encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira, 8

Posto de combustível: preço da gasolina teve queda de 2,5% na última semana de julho (Pilar Olivares/Reuters)

Posto de combustível: preço da gasolina teve queda de 2,5% na última semana de julho (Pilar Olivares/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 19h01.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 11h31.

A maior parte dos brasileiros, 63%, já sente que o preço dos combustíveis está menor agora do que há um mês. O dado é da pesquisa do Instituto FSB encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira, 8. Na pesquisa publica do dia 25 de julho, 54% dos brasileiros percebiam queda no valor.

E essa sensação é corroborada com números. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina teve uma queda de 2,5% na última semana de julho. O litro do combustível recuou em média de R$ 5,89 para R$ 5,74. A redução segue uma tendência, desde que a Petrobras anunciou cortes no valor nas refinarias.

A mesma trajetória deve ser sentida nas próximas semanas com a redução de 3,6% no preço do diesel que começou a valer desde a última sexta-feira, 6, também nas refinarias. Como muitos postos ainda têm estoques de combustível, é necessário que o produto comprado antes da redução acabe para que o diesel mais barato chegue ao consumidor.

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De acordo com a pesquisa FSB/BTG, 42% dos brasileiros acham que o principal responsável pela diminuição no valor dos combustíveis é o governo federal, e 21% acham que é a Petrobras. Para 12%, a queda  é atribuída aos governos estaduais, e 10% dão o crédito ao movimento de descida ao Congresso Nacional.

Otimismo com a queda de preços

Para os próximos três meses, aumentou a expectativa dos brasileiros sobre a redução geral de preços. Segundo os dados da pesquisa FSB/BTG, 29% acham que a inflação tende a diminuir. Esta parcela era de 15% há pouco mais de um mês. Os que acham que ela vai aumentar são 44%. Na pesquisa publicada no dia 27 de junho, eram 65%.

Economia impacta o voto

A menos de dois meses da eleição, a economia se mostra um assunto que define os debates e a escolha do eleitor por um candidato. Para 74%, a situação econômica será muito decisiva na escolha do próximo presidente da República.

A FSB/BTG simulou cenários de primeiro e de segundo turnos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 41%, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 34%. A diferença, de 7 pontos percentuais, é a menor da série histórica de oito levantamentos iniciada em março deste ano.

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Ciro Gomes (PDT) tem 7%, 2 pontos a menos do que na pesquisa do final de julho, e Simone Tebet (MDB) registra 3%, 1 ponto a mais do que na mostra anterior. André Janones (Avante), que abdicou da candidatura para apoiar Lula, obteve 2%; José Maria Eymael (DC) e Pablo Marçal (Pros), 1%. Os demais não pontuaram. Brancos e nulos somam 2% e indecisos 3%.

Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 51% a 39%. Nessa simulação, Lula também caiu 3 pontos percentuais e Bolsonaro cresceu três pontos em relação à pesquisa anterior. Lula venceria Ciro por 47% a 32% e Simone por 50% a 29%. Ciro bateria Bolsonaro por 48% a 41% e o atual presidente venceria, numericamente, apenas Simone, por 44% a 40% em um eventual segundo turno.

A pesquisa foi feita entre sexta-feira, 5, e domingo, 7, com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08028/2022.

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