Economia

20% do que é consumido aqui foi importado, diz pesquisa

Segundo o documento, a “participação de bens importados no consumo doméstico de produtos industriais alcançou nível recorde em 2011"

A maior participação de importação foi verificada na extração de carvão mineral (87%) (Gianluigi Guercia/AFP)

A maior participação de importação foi verificada na extração de carvão mineral (87%) (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 16h23.

Brasília – Um em cada cinco produtos industriais consumidos no país no ano passado foi importado, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (19). Segundo o documento, a “participação de bens importados no consumo doméstico de produtos industriais alcançou nível recorde em 2011". O coeficiente de ingresso de produtos importados aumentou 2 pontos percentuais, entre 2010 e 2011, alcançando 19,8%. O maior aumento foi verificado no setor de informática, eletrônicos e ópticos, que saiu de 45,4% para 51%, seguido por derivados de petróleo e combustível (de 17,8% para 23,3%); e máquinas e equipamentos (de 32,5% para 36,8%).

De 23 setores pesquisados, oito atingiram os níveis máximos da série histórica do coeficiente de penetração de importações, que começou em 1996. A maior participação de importação foi verificada na extração de carvão mineral (87%); seguida pelos setores de extração de petróleo e gás natural (54,5%); informática, eletrônicos e ópticos (51%); outros equipamentos de transporte (37,3%); e máquinas e equipamentos (36,8%).

A pesquisa também apurou que as exportações de produtos indústriais cresceram em 2011 para 19,8%, dois pontos percentuais acima do registrado em 2010. Mesmo com o aumento, a fatia de participação está abaixo do recorde de 2004, de 22,9%. “A grande maioria dos setores ainda apresenta coeficientes inferiores aos níveis máximos alcançados na década passada, com exceção de extração de carvão mineral e celulose e papel”, informa o documento da CNI.

A pesquisa é feita a partir do cruzamento de dados de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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