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Variante Ômicron pode ter surgido em ratos, indica pesquisa

Se valendo de uma análise genética da cepa, pesquisadores concluíram que as mutações da Ômicron não estavam em variantes humanas anteriores

Dados suportam a hipótese de que a cepa possa ter evoluído em uma espécie animal não-humana (Naeblys/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 11h01.

Última atualização em 25 de janeiro de 2022 às 11h07.

Traçar os caminhos de origem de uma variante do coronavírus pode servir não só para elucidar as condições nas quais o vírus sofreu mutações, mas também ajudar na preparação ante o surgimento de novas cepas.

Nesse sentido, um estudo produzido pelo Instituto Nacional para o Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis da China, pode lançar luz sobre o aparecimento da Ômicron. Em uma pesquisa publicada no Journal of Biosafety and Biosecurity, cientistas apoiam a ideia de que a variante infectou primeiramente ratos, onde sofreu mutações, e só depois contaminou humanos.

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Para fundamentar a hipótese, foram realizadas análises genéticas que mostraram que a variante não estava presente em um ramo evolutivo intermediário, e que a variante tem cinco locais de mutação adaptados ao roedores, sugerindo que pode ter evoluído em um hospedeiro não-humano.

O time de pesquisadores chineses acredita que o coronavírus acumulou lentamente mutações ao longo do tempo enquanto se tornava epidêmica em ratos, antes de ser transmitido de volta aos seres humanos.

A variante inicial do tipo selvagem do Sars-CoV-2 não infecta ratos, contudo, foram identificadas contaminações nesses animais. Várias cepas encontradas têm mutações localizadas na região dos receptores obrigatórios, que unem o vírus às células, e isso aumenta a capacidade de replicação do vírus e na formação de mutações.

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