Vacina de AstraZeneca-Oxford tem resultados de testes nos EUA divulgados nesta segunda-feira, 22 (Dan Kitwood/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 22 de março de 2021 às 10h02.
Última atualização em 22 de março de 2021 às 11h13.
A vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford apresentou 79% de eficácia em prevenir sintomas da covid-19 nos testes realizados nos Estados Unidos, Chile e Peru.
Com a notícia, a companhia deve pedir autorização para uso emergencial do imunizante nos EUA.
Os dados dão maior robustez à vacina da fabricante britânica, que foi questionada por governos da Europa na última semana. As polêmicas culminaram no premiê britânico Boris Johnson recebendo uma dose da vacina na última sexta-feira, 19, em um voto de confiança à vacina.
Países europeus como Portugal, Alemanha, Dinamarca, Itália e França chegaram a pausar a vacinação com esse imunizante por suspeitas de que a vacina pudesse estar ligada a casos de trombose e coágulos sanguíneos. Os britânicos, no entanto, mantiveram a imunização desde então e defenderam a vacina publicamente.
Depois da pausa, os países retomaram a aplicação da vacina, após o regulador europeu garantir a segurança do imunizante.
Os dados do teste de vacinação nos EUA apontaram que não há razão para preocupação com os coágulos. Um comitê independente de segurança, disse a AstraZeneca, conduziu uma revisão específica sobre o assunto nos testes, bem como sobre a possibilidade de trombose cerebral (CVST, um tipo raríssimo de coágulo no cérebro).
De acordo com a empresa "não foi encontrado risco de trombose ou eventos caracterizados como trombose entre os 21.583 participantes recebendo ao menos uma dose da vacina. A busca específica por CVST não encontrou eventos neste teste".