Ciência

Uruguai vai dar terceira dose de Pfizer para quem tomou Coronavac

Uruguai já conta com 70% da população imunizada com ao menos uma dose e vê números de internação e infecção caírem. Brasil já iniciou estudos sobre dose de reforço da Coronavac

Vacinação no Uruguai: país conta com 72% de sua população vacinada com ao menos a primeira dose contra a covid-19 (Mariana Greif/Reuters)

Vacinação no Uruguai: país conta com 72% de sua população vacinada com ao menos a primeira dose contra a covid-19 (Mariana Greif/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 29 de julho de 2021 às 14h29.

O ministério da Saúde Pública (MSP) uruguaio anunciou que todos os vacinados com a Coronavac contra a covid-19 poderão receber uma terceira dose da Pfizer.

Amparado na recomendação da comissão de vacinas que assessora o governo, o MSP "aprovou a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a covid–19 a todas as pessoas que receberam o esquema primário com a vacina Coronavac do laboratório Sinovac", disse o ministério em um comunicado.

"Essa aplicação será feita de forma escalonada, com a plataforma Pfizer, pelo menos 90 dias após o recebimento da segunda dose da vacina Coronavac", acrescentou.

Na terça-feira, o MSP anunciou a aprovação de uma terceira e inclusive quarta dose da vacina contra a covid-19 a pessoas com imunossupressão moderada e grave por diferentes patologias.

Por aqui, o Ministério da Saúde já afirmou que irá iniciar estudos para averiguar qual é a melhor forma de lidar com um reforço para os imunizados com coronavac. A pesquisa será conduzida junto da Universidade de Oxford e avaliará se a Pfizer é a melhor solução para o reforço, ante as outras vacinas disponíveis no Brasil — AstraZeneca, Janssen ou a própria Coronavac.

Quase cinco meses após o início de sua campanha de vacinação, o Uruguai conta com 72% de sua população vacinada com ao menos a primeira dose contra a covid-19, enquanto 61% tem o esquema completo.

Os excelentes índices de imunização andam de mãos dadas com uma queda acentuada dos contágios, mortes e internações em terapia intensiva (UTI) por covid registrada desde junho.

O país de 3,5 milhões de habitantes registra até esta quara-feira 2.404 casos ativos, uma queda significativa desde o pico alcançado no final de maio, quando chegou a ter cerca de 37 mil pessoas com a doença.

Depois de permanecer por várias semanas como a nação com mais mortes diárias em relação à sua população, com um recorde de 79 mortes em 15 de abril, nos últimos sete dias apresenta uma média de seis mortes diárias.

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