Ciência

UE encomendará à Pfizer vacinas contra covid adaptadas à Ômicron

Serão 180 milhões de doses destinadas ao bloco. Contudo, a versão atualizada da vacina começou a ser desenvolvida em novembro e ainda não há produção em escala

A Pfizer disse que doses opcionais ainda não foram encomendadas (Rafael Henrique/Getty Images)

A Pfizer disse que doses opcionais ainda não foram encomendadas (Rafael Henrique/Getty Images)

Governos da União Europeia concordaram em acionar uma opção de compra de mais de 180 milhões de doses de uma versão da vacina contra covid-19 adaptada para a variante Ômicron desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer, disse a chefe da Comissão Europeia.

Pfizer e BioNTech começaram a desenvolver um protótipo de vacina contra covid-19 específica para a Ômicron em 25 de novembro e disseram que podem tê-la pronta em março.

"Os Estados-membros concordam em acionar uma primeira parcela de mais de 180 milhões de doses extra de vacinas adaptadas em nosso terceiro contrato com a BioNTech-Pfizer", disse Ursula von der Leyen em uma coletiva de imprensa na noite de quinta-feira ao final de uma reunião de rotina com líderes da UE.

O contrato mais recente do bloco com as duas farmacêuticas permite a países-membros comprarem até 1,8 bilhão de doses até 2023, das quais metade já foram encomendadas e a outra metade é opcional.

A Pfizer disse que doses opcionais ainda não foram encomendadas e que conversas com a UE sobre seu possível fornecimento não trataram de versões adaptadas da vacina por enquanto.

"A esta altura, conversas com a CE (Comissão Europeia) sobre a possibilidade de um suprimento adicional de acordo com seus direitos de opção constantes de nosso acordo não são específicas para uma vacina adaptada", disse a Pfizer em um comunicado nesta sexta-feira.

"Embora acreditemos que podemos entregar uma vacina adaptada em março de 2022, ainda não sabemos se isto será necessário e a disponibilidade exigirá autorização de autoridades reguladoras."

Nenhum porta-voz da Comissão Europeia estava disponível de imediato para dar mais detalhes sobre o anúncio.

Por ora, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) diz não haver indícios conclusivos de que uma vacina adaptada para a Ômicron seja necessária.

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