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Trazer médicos é a solução mais simples, diz Pochmann

De acordo com o ex-presidente do Ipea, a medida deve ser considerada, caso o País não tenha condições de resolver a questão e isso "trave o crescimento"

Médicos: apesar de reconhecer que há carência de médicos no Brasil, ele afirmou que é preciso se certificar de que os profissionais estrangeiros, realmente, vão querer se deslocar para os lugares mais carentes. (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O ex-presidente da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atual presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, criticou nesta sexta-feira a decisão do governo de trazer médicos de outros países para trabalhar no Brasil. "Essa é a solução mais simples, mas não pode ser uma saída para enfrentar a dramática situação da baixa qualidade da mão de obra no País", disse, em evento em São Paulo.

De acordo com Pochmann, a medida, no entanto, deve ser considerada, caso o País não tenha condições de resolver a questão e isso "trave o crescimento".

Apesar de reconhecer que há carência de médicos no Brasil, ele afirmou que é preciso se certificar de que os profissionais estrangeiros, realmente, vão querer se deslocar para os lugares mais carentes. "Há um risco de centralizar (em grandes cidades)", afirmou. Pochmann disse ainda que a dificuldade é de ordem estrutural, mas que a administração federal tem trabalhado nos últimos anos para diminuir esse déficit. "Já há um movimento de descentralização das universidades. O Brasil passou de cem para 300 cidades com universidades", afirmou.

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Apesar de reconhecer que há carência de médicos no Brasil, ele afirmou que é preciso se certificar de que os profissionais estrangeiros, realmente, vão querer se deslocar para os lugares mais carentes. "Há um risco de centralizar (em grandes cidades)", afirmou. Pochmann disse ainda que a dificuldade é de ordem estrutural, mas que a administração federal tem trabalhado nos últimos anos para diminuir esse déficit. "Já há um movimento de descentralização das universidades. O Brasil passou de cem para 300 cidades com universidades", afirmou.

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