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Tecnologia vai melhorar nossa memória, diz criador da Siri

Tom Gruber acredita na integração entre homens e máquinas como algo inevitável

Memória: inteligência artificial poderá ajudar a ampliar detalhes de nossas lembranças (Netflix/Reprodução)

Lucas Agrela

Publicado em 4 de maio de 2017 às 18h23.

São Paulo -- Tom Gruber, um dos criadores da Siri -- a assistente virtual do iPhone --, acredita que a integração da mente humana com as máquinas não é coisa de ficção científica, mas, sim, algo inevitável no futuro. As informações são do site Recode .

Em uma palestra na conferência TED 2017, Gruber ressalta que a inteligência artificial poderá ser um ativo importante, em especial, para ampliar nossa capacidade de memorização.

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“E se você pudesse ter uma memória que fosse tão boa quanto a de um computador e ela gerencie as lembranças da sua vida? E se você pudesse se lembrar de todas as pessoas que você já encontrou na sua vida? Como pronunciar seus nomes, detalhes sobre suas famílias, seus esportes favoritos e até a última conversa que você teve com eles?”, indagou Gruder à plateia,

A questão da privacidade também foi abordada pelo criador da Siri. Para ele, é essencial que possamos escolher o que será registrado e guardado ou não, dessa forma, nos manteremos no controle da nossa privacidade.

A visão de Gruber vai de encontro ao episódio Entire History of You, da série de ficção científica distópica Black Mirror, da Netflix. Nele, o protagonista tem uma espécie de memória adicional acoplada ao seu cérebro. Com isso, era possível rever todas as suas memórias como se fosse um vídeo e até mesmo projetá-las para mostrá-las a outras pessoas -- tornando as discussões mais fundamentadas do que as que dependem exclusivamente da memória humana.

Apesar da visão do seriado não ser das mais animadoras, esse tipo de integração entre homem e máquina poderia ajudar a resolver condições de saúde como Mal de Alzheimer e demência senil.

Elon Musk, bilionário do mercado de tecnologia e CEO da Tesla e da SpaceX, também acredita que a humanidade terá que se fundir com as máquinas para não ser dominado por elas, como nos filmes futurísticos mais pessimistas. Já Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, prepara uma tecnologia de leitura de ondas cerebrais para transmitir pensamentos para texto automaticamente.

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