Lua (Dr K Kar/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 10h26.
A última superlua do ano poderá ser observada no céu de todo o país nesta quinta-feira, 4.
Não é necessário nenhum equipamento especial para acompanhar o fenômeno. Se as condições de tempo estiverem favoráveis, será possível observar, a olho nu, a Lua maior e mais luminosa no horizonte.
Para aproveitar ao máximo o fenômeno, recomenda-se observar a lua logo após o anoitecer em locais com boa visibilidade do horizonte e longe de poluição luminosa.
De acordo com o site Weather Forecasts, a Lua nascerá às 18h43 em São Paulo nesta quinta-feira. O horário muda de acordo com a cidade: Rio de Janeiro (18h27), Salvador (17h42), Belém (17h59), Porto Alegre (19h20), Fortaleza (17h22), São Luís (17h44) e Cuiabá (18h02).
Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, todas as luas cheias nascem no horizonte leste ao pôr do Sol, no oeste, e permanecem visíveis durante toda a noite, desaparecendo no horizonte oeste ao amanhecer, no leste.
O fenômeno ocorre quando a Lua cheia coincide com o momento em que o satélite natural está mais perto da Terra, ponto chamado de perigeu. Nessa posição, o astro parece um pouco maior e mais brilhante do que o normal.
Apesar de bastante popular, o termo superlua não tem origem científica. A expressão foi criada em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle, que definiu o evento como uma Lua cheia que acontece no perigeu ou a até 90% dessa distância.
Segundo Nascimento, do Observatório Nacional, essa definição é arbitrária e não se baseia em critérios científicos. Ainda assim, a expressão ganhou força ao longo dos anos e ajudou a aproximar o público da astronomia.
Por não seguir um parâmetro técnico, há divergências entre instituições sobre o que caracteriza uma superlua. A União Astronômica Internacional, responsável pela nomenclatura oficial, não estabelece qual deve ser a distância mínima para que uma Lua cheia receba essa classificação. Assim, o enquadramento depende da referência utilizada.
Se for adotado o critério que considera superlua toda Lua cheia a 360 mil quilômetros ou menos da Terra, o fenômeno se aplica ao dia 04 de dezembro, quando o satélite estará a 357.219 km do planeta.