Ciência

'Super Júpiter': James Webb descobre planeta 1 bilhão de anos mais jovem que sistema solar

O planeta tem 3,5 bilhões de anos e seis vezes mais massa que Júpiter

Exoplaneta está 15 vezes mais distante de sua estrela do que a Terra do Sol (T. MÜLLER/MPIA/HDA)

Exoplaneta está 15 vezes mais distante de sua estrela do que a Terra do Sol (T. MÜLLER/MPIA/HDA)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de julho de 2024 às 11h27.

Um "super Júpiter" foi avistado pelo telescópio espacial James Webb próximo de uma estrela. E não é exagero dizer "super".

O planeta tem aproximadamente o mesmo diâmetro de Júpiter, mas com seis vezes mais massa. Sua atmosfera também é rica em hidrogênio, como a de Júpiter.

Aqui vai uma grande diferença: este planeta leva mais de um século, possivelmente até 250 anos, para dar a volta em sua estrela. Ele está 15 vezes mais distante de sua estrela do que a Terra está do Sol, segundo a Associated Press.

Os cientistas há muito suspeitavam que um grande planeta orbitava esta estrela a 12 anos-luz de distância (mais de 90 trilhões de quilômetros), mas não esperavam essa massa ou fosse tão longe de sua estrela, Epsilon Indi A.

Uma equipe internacional liderada por Elisabeth Matthews, do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha, coletou as imagens no ano passado e publicou as descobertas na quarta-feira na Nature.

O planeta e a estrela têm 3,5 bilhões de anos, 1 bilhão de anos mais jovem que nosso próprio sistema solar, mas ainda são considerados velhos e mais brilhantes do que o esperado, segundo Matthews.

A estrela está tão próxima e brilhante do nosso próprio sistema solar que é visível a olho nu no hemisfério sul.

É improvável que este sistema solar tenha mais gigantes gasosos, ela disse, mas pequenos mundos rochosos podem estar escondidos lá.

Os primeiros planetas fora do nosso sistema solar — chamados de exoplanetas — foram confirmados no início da década de 1990. A contagem da NASA agora é de 5.690, isso em meados de julho. A maioria foi detectada pelo método de trânsito, no qual uma queda passageira na luz das estrelas, repetida em intervalos regulares, indica um planeta em órbita.

Lançado em 2021, o telescópio James Webb da NASA e da Agência Espacial Europeia é o maior e mais poderoso observatório astronômico já colocado no espaço.

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