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Vídeo da Nasa mostra superfície "conturbada" de Júpiter

A Nasa leva você para um tour pelo polo norte de Júpiter, um dos planetas mais misteriosos do Sistema Solar. Material foi coletado pela sonda Juno

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 (NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran/Reprodução)

(NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran/Reprodução)

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Victor Caputo

Publicado em 14 de abril de 2018 às, 07h00.

Última atualização em 14 de abril de 2018 às, 07h00.

São Paulo -- A missão Juno da Nasa (a agência espacial americana) lançou imagens e uma animação em 3D que mostram o polo norte de Júpiter, um dos planetas mais misteriosos de nosso Sistema Solar. Spoiler: o local não é nem um pouco tranquilo.

O polo norte de Júpiter, que tem 11 vezes o tamanho da Terra, abriga um ciclone gigantesco rodeado por outros oito menores. Para você ter ideia da dimensão, esses oito ciclones que circulam o maior têm entre 4.000 e 4.600 quilômetros de diâmetro.

As imagens e informações foram coletadas pela sonda Juno, que está orbitando o planeta desde 2016. O vídeo foi feito usando diversas imagens feitas pela sonda. O material, assim como descobertas envolvendo a gravidade e o campo magnético do planeta, foi divulgado durante a Assembleia Geral da União Europeia de Geociências, que acontece em Viena, na Áustria.

Para se ter ideia de como é difícil conseguir informações sobre o planeta, a Juno usou um instrumento capaz de olhar de 50 a 70 quilômetros abaixo das agitadas nuvens que cobrem Júpiter. "As imagens ajudarão o time a entender as forças trabalhando na animação--um polo norte dominado por um ciclone central cercado por outros oito ciclones circumpolares com diâmetros entre 4.000 e 4.600 quilômetros", explica a Nasa.

"Antes da Juno, nós podíamos apenas supor como os polos de Júpiter seriam", diz Alberto Adriani, membro do time da Juno, em comunicado. "Agora, Juno voando sobre os polos a uma distância permite a coleta de imagens em infravermelho das condições climáticas do polo de Júpiter e seus ciclones massivos em uma resolução sem precedentes."

Os novos dados ajudaram cientistas a entender melhor a gravidade e rotação de Júpiter. Astrônomos descobriram que à medida que se vai mais fundo na superfície, o gás se forna uma espécie de líquido metálico com alta densidade. Esse material fira como se fosse um sólido.

"Neste ponto, o hidrogênio se torna condutivo o suficiente para ser arrastado em uma rotação quase uniforme pelo poderoso campo magnético do planeta", diz Tristan Guillot, outro cientista da missão.

Outro pesquisador, Jack Connerney, comentou sobre o campo magnético do planeta, que também tem características surpreendentes. "Estamos descobrindo que o campo magnético de Júpiter não se parece com nada imaginado anteriormente."

O campo magnético tem irregularidades inesperadas, com regiões mais intensas, além de contar com diferenças consideráveis entre os polos norte e sul. O próximo passo deve ser compreender as causas das diferenças, ainda misteriosas para os cientistas.

Assista abaixo à animação divulgada pela Nasa:

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