Chinesa Sinovac já vacinou seus funcionários contra covid-19
Essa é a mesma vacina que está sendo testada no Brasil no combate ao coronavírus e que tem acordo com o governo de São Paulo
Felipe Giacomelli
Publicado em 6 de setembro de 2020 às 12h43.
A Sinovac, uma das empresas que têm a vacina contra o coronavírus na última fase de testes, disse neste domingo (6) que a aplicou em quase todos os seus funcionários e também em familiares. Essa é a mesma vacina que está sendo avaliada no Brasil e que tem acordo de produção com o governo de São Paulo . As informações são do jornal chinês South China Morning Post.
SegundoLiu Peicheng, representante da empresa, cerca de 3.000 pessoas receberam a vacina de forma voluntária a partir de um liberação de emergência feita pelo governo da China. Em julho, o país autorizou campanhas de emergência - antes mesmo da aprovação na fase 3 dos testes - para pessoas em grupo de risco, como profissionais de saúde e quem trabalha em fronteiras.
O CEO da Sinovac, Yin Weidong, disse que espera a aprovação da vacina a ao público no fim deste ano.
"Nossa vacina também vai prevenir novas ondas da epidemia no outono e no inverno", declarou Yin em um evento na China, segundo o South China Morning Post. "Se houver uma única pessoa infectada, isso pode afetar centenas de outras pessoas. A estratégia para o controle da China precisa ser melhorada, e essa evolução depende das vacinas. Ainda não sabemos quanto uma vacina vai custar, mas não vai ser um valor tão elevado. Deve ser um preço aceitável para todos", completou.
Ao lado da vacina de Oxford, que é a aposta do Ministério da Saúde, a vacina de Sinovac, chamada no Brasil de CoronaVac, é uma das mais promissoras do mundo e está na fase três de testes em seres humanos. Ao todo, 9.000 voluntários, profissionais de saúde, participam da validação em seis estados brasileiros.
Segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se os testes forem bem sucedidos, a vacina já poderia começar a ser produzida no Brasil a partir de novembro. Com isso, a aplicação das duas doses seria concluída até fevereiro de 2021.
Para ampliar a capacidade de produção, o Instituto Butantan deverá construir uma nova fábrica.