Saiba quando, como e onde ver o eclipse mais longo do século
A partir das 17h30 desta sexta-feira, eclipse poderá ser visto, a olho nu, em prédios altos de São Paulo, ou por meio de telescópios no Parque Ibirapuera
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de julho de 2018 às 15h04.
Última atualização em 27 de julho de 2018 às 15h16.
São Paulo - O mais longo eclipse lunar do século 21 poderá ser visto a olho nu - se as nuvens permitirem - de prédios altos de São Paulo já a partir das 17h30 desta sexta-feira, 27. Para os paulistas, o eclipse vai durar pouco mais de meia hora. A previsão é de que a Lua nasça sangrenta e escura às 17h38, com totalidade atingida às 17h41. O astro começa a sair da sombra às 18h13 e o fenômeno se encerra às 20h28.
O planetário do Parque do Ibirapuera terá observação por dois telescópios, com a presença de cientistas e especialistas. Os telescópios estarão disponíveis na arena de eventos, próximo ao Museu Afrobrasil. Quem quiser contemplar o fenômeno precisará prestar atenção aos horários, já que o eclipse total já terá passado da metade da duração quando a Lua cheia surgir no céu brasileiro.
Segundo Fernando Nascimento, diretor dos planetários do Carmo e do Ibirapuera, não há como prever se será possível ver a lua nascer sangrenta e escura do horizonte, considerando a altitude do planetário em relação à cidade e as próprias árvores do parque.
Outro fator que interfere é a previsão do tempo, como a quantidade de nuvens no céu, por exemplo. Nascimento explica que a poluição da capital paulista também atrapalha a visualização do eclipse.
"São Paulo inteira pode ver a lua nascer completamente diferente hoje. Vai estar escura e avermelhada. Vamos ter o privilégio de ver um nascer da lua único, uma lua sangrenta", diz o diretor dos planetários. "O que posso recomendar para diminuir a chance de frustração é que a pessoa vá para um lugar alto sem nuvens. Suba no topo de um prédio. Sem binóculo ou telescópio. Mire para o leste, contrário ao lado em que o Sol se pôs, e espere a lua nascer por volta das 17h30".
Já a aproximação do planeta Marte, que está mais brilhante, pode ser visto com mais facilidade de qualquer lugar. A vantagem de ir até o Ibirapuera é poder contemplar os detalhes do planeta com as explicações de cientistas no local.
"A prioridade dos telescópios será Marte, antes mesmo da Lua, e em seguida os outros planetas. Na medida do possível, será possível acompanhar a Lua pelo telescópio. Mas a noite estará repleta de planetas. Neste inverno, podemos ver Vênus no início da noite, Júpiter, Saturno e Marte também".
As observações da Lua e de Marte vão durar de 17h30 às 20h30 no Planetário Ibirapuera. Em seguida, terá início uma sessão especial e um debate sobre a descoberta de água em estado líquido no planeta Marte. O bate-papo está previsto para iniciar às 20h30 e encerrar às 22h no planetário.