Ciência

Rússia divulga vídeo de bomba nuclear mais potente da história; assista

A bomba Czar, com cerca de 58 megatons, era 3.300 vezes mais potente que a bomba que atingiu a cidade de Hiroshima

Explosão: bomba nuclear russa foi a mais potente de todas (RomoloTavani/Getty Images)

Explosão: bomba nuclear russa foi a mais potente de todas (RomoloTavani/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 08h58.

A agência atômica russa Rosatom divulgou nesta quarta-feira, 26, um vídeo da maior bomba nuclear da história. A bomba de hidrogênio Czar, desenvolvida pela União Soviética à época, tinha um poder de destruição imenso e foi testada em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla, uma ilha no oceano Ártico — uma ameaça grande o suficiente para assustar os Estados Unidos durante o período da Guerra Fria, apesar de não ter alcançado nenhum país ou deixado vítimas.

A Czar, com cerca de 58 megatons, era 3.300 vezes mais potente que a bomba que atingiu a cidade de Hiroshima, no Japão, na Segunda Guerra Mundial.

A Rússia é, ainda, o país com o maior número de armas nucleares segundo a Campanha Internacional para Banir Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês), com um arsenal que conta com mais de 6 mil armas do tipo. Em seguida, vem os Estados Unidos.

Ambos os países, mesmo após o final da Guerra Fria, se mantiveram firmes e fortes na produção de arsenal bélico.

https://www.youtube.com/watch?v=nbC7BxXtOlo&feature=emb_title

O que é uma bomba atômica e como ela se diferencia da bomba de hidrogênio?

Um avanço científico e um pesadelo: com essas duas definições pode-se explicar melhor o que é, de fato, uma bomba nuclear.

Da teoria quântica do alemão Max Planck, a aprimoração feita por Albert Einstein em 1905, a neozelandês Ernest Rutherford que tentou comprovar a existência de um núcleo atômico até o dinamarquês Niels Bohr que misturou tudo e mais um pouco para provar que sim, seria possível dividir o núcleo do urânio em duas partes relativamente iguais. Entre as décadas de 1920 e 1930, foram iniciados os testes para a construção de uma bomba nuclear.

Então, no final da Segunda Guerra Mundial, o físico americano Robert Oppenheimer, tido como o pai da bomba atômica, que estava à frente do projeto Manhattan, ficou bastante conhecido na comunidade científica. O projeto americano era o responsável pelas pesquisas e testes de uma bomba. A primeira, testada em 16 de julho de 1945, pouco menos de um mês antes do ataque real no Japão, foi explodida no deserto de Los Alamos, no Novo México.

A bomba atômica nada mais é do que uma arma potente de destruição, que funciona com base do processo nuclear de fissão dos átomos (processo que quebra o núcleo dos átomos em dois menores) e capaz de liberar níveis intensos de energia. Para a construção de uma, são necessários diversos elementos químicos, como o urânio-235 e plutônio-239.

Já a bomba de hidrogênio começa com a detonação de uma bomba atômica e, depois, produz uma explosão de alta temperatura, o que cria energia suficiente para que o hidrogênio se aproxime. Por fim, é criada um fusão nuclear.

As bombas americanas que destruíram Hiroshima e Nagasaki não foram nem sequer as mais fortes já criadas pela humanidade. A Little Boy, por exemplo, tinha um poder de destruição de 16 quilotons, enquanto a Fat Man possuía 20 quilotons.

Em 1968 foi assinado o Tratado de não proliferação de armas nucleares (TNP), acordo entre Estados que começou a vigorar a partir dos anos 1970 e tinha como objetivo limitar o poder de armas nucleares dos Estados Unidos, da Rússia, do Reino Unido e da China.

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