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Reino Unido testa remédios para perda de peso para combater desemprego

No país, problemas ligados ao sobrepeso e obesidade custam £ 11 bilhões por ano

A empresa usará £ 279 milhões para ajudar a enfrentar os desafios de saúde pública do Reino Unido (Simone Baribeau/Bloomberg)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 06h13.

A gigante farmacêutica Eli Lilly vai participar de um grande estudo nos próximos anos para investigar como os medicamentos para obesidade podem ser usados para melhorar a vida das pessoas e, consequentemente, deixá-las mais produtivas.

A empresa criadora do Zepbound anunciou na segunda-feira que usará £ 279 milhões (US$ 364 milhões)para ajudar a enfrentar os desafios de saúde pública dos britânicos — incluindo a obesidade.

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A "colaboração estratégica", acordada com o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido e o Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT), veio como parte de um pacote mais amplo de £ 63 bilhões.

De acordo com informações da CNBC, a Eli Lilly irá lançar um estudo para entender como a tirzepatida — o tratamento por trás de seus medicamentos Zepbound eMounjaro —impacta a perda de peso, a prevenção do diabete e a prevenção de complicações relacionadas à obesidade, para melhor informar o tratamento pelo National Health Services.

Dentro disso, o teste de cinco anos, conduzido em colaboração com a Health Innovation Manchester,também explorará como os medicamentos para perda de peso impactam "o status de emprego dos participantes e os dias de licença médica do trabalho", disse a empresa em um comunicado à imprensa.

Inatividade econômica

"Esta colaboração aumentará a base de evidências sobre o impacto real dos tratamentos para obesidade na saúde de pessoas com obesidade e explorará uma ampla gama de resultados, incluindo qualidade de vida relacionada à saúde e impacto no status de emprego dos indivíduos", disse a professora Rachel Batterham, vice-presidente sênior de Assuntos Médicos Internacionais da Lilly.

O Ministro da Saúde e Assistência Social do Reino Unido, Wes Streeting, disse que a parceria era "fundamental para construir uma sociedade mais saudável, uma economia mais saudável e tornar o NHS adequado para o futuro".

O Reino Unido está lutando contra uma taxa alta de "inatividade econômica", definida como aqueles que não trabalham nem procuram emprego. Quase um terço das reivindicações são a tribuídas a doenças de longo prazo, incluindo condições de saúde preexistentes, como obesidade, exacerbadas pela Covid.

Streeting disse que problemas ligados ao sobrepeso e obesidade custam ao serviço de saúde £ 11 bilhões por ano.

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