Vacina contra coronavírus chega no Brasil em dezembro
O contrato de Oxford com o governo vai garantir 100 milhões de doses. Primeiras 30 milhões devem chegar no fim do ano
Guilherme Dearo
Publicado em 1 de agosto de 2020 às 13h26.
Última atualização em 3 de agosto de 2020 às 09h38.
A produção no Brasil da vacina para o coronavírus que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford vai custar R$ 1,8 bilhão, de acordo com o Ministério da Saúde.
O investimento feito pela pasta para a vacina que será feita em parceria com o laboratório AstraZeneca será dividido em duas frentes: R$ 522,1 milhões para a estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), produtora de imunobiológicos; a segunda parte, R$ 1,3 bilhão, para despesas previstas como pagamentos no contrato das encomendas de materiais tecnológicos.
O contrato deve ser assinado na segunda semana de agosto.
Com o contrato, o Brasil terá acesso, em um primeiro momento, a 100 milhões de doses da vacina: 30 milhões de dezembro de 2020 a janeiro de 2021; e 70 milhões ao longo do primeiro semestre de 2021.
O ministério disse em nota que o contrato "dará base para o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de vacinas contra a covid-19, caso seja comprovada sua eficácia e segurança".
O Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a ter acesso à vacina de Oxford. Um dos motivos da escolha do País para a compra foi a atual situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O País é o segundo no mundo com mais casos confirmados, mais de 2,66 milhões, somente atrás dos Estados Unidos.
A vacina está em fase avançada de desenvolvimento. Apesar de poder ser liberada ainda em 2020, os pacientes que participaram dos testes serão monitorados por mais um ano.
Vacina chinesa
Avacina contra o novo coronavírus da farmacêutica chinesa Sinovac começou nesta semana a ser aplicada em mais hospitais e centros parceiros no Brasil. Na quinta-feira, 30, foi a vez do Hospital Emílio Ribas, referência pública em infectologia em São Paulo.
O Emílio Ribas é o segundo hospital a começar testes no Brasil com a vacina da Sinovac — que foi batizada de CoronaVac em referência ao nome da empresa.
Na semana passada, a testagem já havia começado no Hospital das Clínicas da capital paulista, da Universidade de São Paulo (USP), que fará no total testes com 890 voluntários. O Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto, também da USP, foi outro dos centros que começou a testar nesta quinta-feira.