Procura por testagem para covid-19 diminui no Rio de Janeiro
Transmissão continua alta, com Mapa de Risco em laranja
Agência Brasil
Publicado em 29 de janeiro de 2022 às 13h32.
Última atualização em 29 de janeiro de 2022 às 13h32.
Após o pico de procura por testagem para diagnóstico de covid-19 observada na semana retrasada no município do Rio de Janeiro, a demanda na rede pública teve uma sensível diminuição nessa semana, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“No período de pico, entre os dias 12 e 14 de janeiro, as unidades de Atenção Primária e centros de testagem chegaram a realizar mais de 100 mil testes por dia, com taxa de positividade que atingiu 46%. Nos últimos três dias [segunda, terça e quarta-feira], os números de testagens caíram para 56 mil, 38 mil e 33 mil, respectivamente, com positividade no último dia de 30%”, informou a pasta.
Os números diferem dos apresentados nos painéis da SMS, mas seguem a mesma tendência de queda. O painel da testagem indica que na primeira semana do ano foram feitos 85.297 testes de antígeno, o chamado teste rápido, e que está em maior disponibilidade na rede pública.
Na segunda semana do mês foram 218.512, caindo para 197.825 na semana de 16 a 22 de janeiro. A última atualização indica a realização de 146.974 testes de antígeno na semana epidemiológica que termina hoje (29). A positividade dos testes saltou de 13% na última semana de 2021 para 43% na primeira de 2022, indo a 46% na semana seguinte e agora caiu para 37%.
Os casos de covid-19 registrados neste ano na cidade passam de 266 mil, o que representa 90% do total de casos de todo o ano passado. Janeiro teve até o momento 1.283 casos graves e registrou 206 óbitos decorrentes da doença.
Na rede estadual, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que fez 54.975 exames nos 13 centros de testagem instalados pelo governo desde o dia 7 de janeiro. Atualmente, a taxa de positividade está em 18%.
Segundo a SES, a contaminação pela variante Ômicron parece ter chegado ao pico na Região Metropolitana e agora se desloca para outras áreas do estado. “A Secretaria observa um platô na transmissão da covid-19 nas Regiões Metropolitanas l e ll; e aumento nos indicadores epidemiológicos no interior do estado”.
Mapa de risco
O Mapa de Risco da covid-19, divulgado na noite de ontem (28) pela SES, indica que o estado do Rio de Janeiro está em bandeira laranja, com risco moderado para a doença. A comparação é entre a semana epidemiológica 3 de 2022, de 16 a 22 de janeiro, com a primeira.
Das nove regiões do estado, sete estão em laranja: Baixada Litorânea, Centro Sul, Médio Paraíba, Norte, Serrana e as Metropolitanas I e II. As regiões Noroeste e Baía da Ilha Grande estão em bandeira vermelha, com risco alto de transmissão da covid-19.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, apesar do alto número de casos, com os dados de janeiro deste ano sendo 181% maiores que os registrados no mesmo período de 2021, a gravidade da doença e os óbitos decorrentes dela estão bem abaixo, demonstrando a eficácia da vacinação.
“A Ômicron, que é a variante em circulação, tem alta taxa de transmissibilidade, porém, com o avanço da campanha de vacinação, estamos observando que o número de casos graves e óbitos não cresceu na mesma proporção. Diante deste cenário, acionamos o nosso plano de contingência e já revertemos 338 leitos, sendo 117 UTI. Podemos converter mais leitos nos próximos dias, de acordo com a necessidade. Além disso, ampliamos a capacidade de testagem para covid-19 e suspendemos temporariamente as cirurgias eletivas”.
Em janeiro do ano passado, foram registrados 86.731 casos, 8.797 internações e 4.146 óbitos por covid-19 no estado do Rio de Janeiro. Entre primeiro e 27 de janeiro deste ano, foram notificados 243.756 casos, 1.849 internações e 358 óbitos.
Desde o início da divulgação do Mapa de Risco, em julho de 2020, o melhor momento no estado ocorreu na atualização de 29 de dezembro de 2021, quando apenas a região do Médio Paraíba estava em amarelo e todas as demais em verde. O pior momento foi em primeiro de abril do ano passado, com quatro regiões em vermelho e as outras cinco em roxo, de risco muito alto.