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Langya: tudo o que se sabe sobre o novo vírus descoberto na China

O novo vírus causa febre, tosse e cansaço, mas também prejudica os rins e o fígado

Langya: tudo o que se sabe sobre o novo vírus descoberto na China (MR.Cole_Photographer/Getty Images)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 13h15.

Um novo vírus foi descoberto na China, o Langya, (LayV), e já teria infectado 35 pessoas nas províncias de Shandong e Henan.

O Langya , pertence ao gênero Henipavirus, foi identificado através de testes PCR de garganta.

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O novo vírus foi descrito em um estudo realizado por cientistas da China e Cingapura e Austrália e publicada na revista científica New England Journal of Medicine este mês.

O Langya causa febre, tosse e cansaço, mas também prejudica os rins e o fígado. Até o momento, nenhum dos 35 infectados faleceu.

O primeiro caso conhecido foi detectado em 2018, em um paciente de 53 anos que acabou sendo internado em um hospital chinês com febre e outros sintomas semelhantes aos da gripe.

Desde então, o monitoramento da nova doença identificou outros 34 casos.

Dos pacientes infectados apenas pelo vírus Langya, os pesquisadores relatam as condições clínicas: todos tinham febre, cerca de metade sofria de fadiga, tosse, perda de peso, dores musculares, falta de glóbulos brancos; cerca de um terço teve náusea, dor de cabeça, vômito, deficiência de plaquetas, função hepática prejudicada; menos de um em cada dez problemas renais.

O vírus parece vir dos musaranho. Ainda não está claro se os 35 infectados contraíram a infecção dos animais.

Por enquanto, parece que não houve ligação entre eles. Portanto, não deveria ter ocorrido uma transmissão de humano para humano.

Não houve contato próximo ou histórico de exposição comum entre os pacientes, sugerindo que a infecção na população humana pode ser esporádica", escrevem os pesquisadores.

Langya é zoonótico transmitido por musaranhos e não tem vacina

O vírus Langya é um tipo de Henipavírus, família de patógenos perigosos como Hendra (HeV) e Nipah (NiV), ambos com elevada letalidade, que encontram seu hospedeiro natural em morcegos, mas que também podem infectar humanos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os henipavírus podem causar doenças graves em animais e humanos e são classificados com nível de biossegurança 4, ou seja, com taxas de mortalidade entre 40 e 75%.

O gênero henipavirus é uma das zoonoses emergentes na região da Ásia-Pacífico.

O vírus zoonóticos que podem passar de animais para humanos e são muito comuns, mas se tornaram o centro das atenções atenção desde o início da pandemia de Covid-19.

Não há vacina ou tratamento para os henipavírus; a única terapia é a gestão de sintomas e eventuais complicações.

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