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Médicos dos EUA realizam transplante inédito de pênis e escroto

Médicos dos Estados Unidos anunciaram que fizeram o primeiro transplante total de pênis e escroto em um militar que foi ferido no Afeganistão

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Cirurgia: primeiro transplante total de pênis e escroto foi em militar ferido no Afeganistão (foto/AFP)

Cirurgia: primeiro transplante total de pênis e escroto foi em militar ferido no Afeganistão (foto/AFP)

A
AFP

Publicado em 24 de abril de 2018 às, 13h21.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às, 13h25.

Médicos da Universidade Johns Hopkins (JHU, na sigla em inglês) anunciaram nesta segunda-feira (23) a conclusão do primeiro transplante total de pênis e escroto em um militar que foi ferido no Afeganistão. A cirurgia de 14 horas de duração foi feita em 26 de março por uma equipe de nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urologistas, anunciou a JHU em nota.

"Estamos otimistas que esse transplante vai ajudar a restabelecer as funções urinária e sexual próximo do normal para este jovem homem", disse W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva na Escola de Medicina da JHU.

Segundo os médicos, o rapaz deverá voltar a urinar pelo pênis nas próximas semanas e, por fim, deverá recuperar sensibilidade o suficiente para ter ereção. Mas a extensão de sua função sexual só será conhecida em cerca de seis meses.

O paciente foi gravemente ferido há alguns anos na explosão de um artefato artesanal no Afeganistão, explicou Lee.

Todo o pênis, o escroto sem os testículos e parte da parede abdominal vieram de um doador falecido. O militar pediu anonimato, mas divulgou uma curta nota, dizendo que espera deixar o hospital na semana que vem. "É um ferimento realmente incompreensível, não é fácil de aceitá-lo", disse.

"Quando acordei, finalmente me senti mais normal", completou.

O paciente consegue se levantar e dar alguns passos e deve ter alta do hospital esta semana. Transplantes penianos já haviam sido feitos, mas a soma do escroto representa um avanço adicional para a medicina. Embora também tenha perdido os testículos na explosão, os médicos não os restauraram no transplante.

"Os testículos não foram transplantados porque nós tomamos uma decisão no início do programa de não transplantar tecido que produza esperma porque isto traria uma série de questões éticas", explicou o cirurgião plástico da JHU, Damon Cooney. "Em particular, a capacidade do receptor do transplante em ter filhos resultaria na transmissão do material genético do doador do tecido transplantado à descendência do receptor", prosseguiu Cooney.

Embora tenha preservado a próstata na explosão, como perdeu os testículos, ele não conseguirá ejacular.

O primeiro transplante de pênis do mundo foi feito na China, mas precisou ser removido posteriormente devido "a um severo problema psicológico no receptor e em sua esposa", explicaram os médicos. Ainda segundo eles, apenas quatro transplantes penianos foram realizados com sucesso, inclusive o anunciado nesta segunda.

Dois foram feitos na África do Sul, país onde foi realizada a primeira cirurgia bem sucedida, em 2015. Os Estados Unidos fizeram o primeiro transplante peniano exitoso em 2016.

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