Ciência

Maior estudo de vacina da Pfizer da covid-19 é em Israel – e resultados são promissores

Segundo cientistas, houve uma redução de 53% no número de novos casos no primeiro grupo de pessoas totalmente vacinadas da metade de janeiro até o dia 6 deste mês

Covid-19: doença parece estar controlada em Israel (Ammar Awad/Reuters)

Covid-19: doença parece estar controlada em Israel (Ammar Awad/Reuters)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 08h14.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 10h43.

A vacinação em massa da população de Israel com a vacina contra o novo coronavírus produzida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNtech acabou se tornando o maior estudo sobre sua eficácia, o que gerou resultados positivos para as companhias.

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Segundo Eran Segal, cientista de dados do instituto israelense Weizmann, houve uma redução de 53% no número de novos casos no primeiro grupo de pessoas totalmente vacinadas, uma queda de 39% nas hospitalizações e diminuição de 31% em quadros graves da metade de janeiro até o dia 6 deste mês.

No mesmo período, entre as pessoas abaixo de 60 anos que são elegíveis para tomar a vacina, novos casos caíram em 20%, mas hospitalizações e quadros graves da doença cresceram 15% e 29%, respectivamente.

Israel, com uma população de 8,8 milhões – número ligeiramente menor que o estado de Pernambuco, que tem 9,2 milhões de habitantes – já vacinou 65,8% de todos os israelenses, continuando na liderança de países que mais vacinaram seu povo. Em seguida, estão os Emirados Árabes Unidos, que já vacinou 44,6%. O Brasil, até o momento, vacinou 1,7% de sua população.

Mais dados devem ser divulgados nas próximas duas semanas após análises mais aprofundadas da eficácia da vacina em israelenses mais jovens, bem como na população com diabetes, câncer e mulheres grávidas. Em entrevista à agência de notícias Reuters, Ran Balicer, chefe do setor de inovação do HMO Clalit, afirmou que "precisa ter uma variedade grande o suficiente no subgrupo e acompanhá-lo".

Além disso, a Pfizer está monitorando a vacinação israelense de perto para conseguir insights que podem ser usados em outros lugares do mundo. Apesar de o país ser pequeno, a companhia afirma que é "difícil estimar o tempo preciso que a imunização de rebanho começará a se manifestar", porque variáveis como o distanciamento social e o uso de máscaras continuam a importar em um contexto como este.

Em relação às novas variantes, Israel afirmou que identificou a mesma eficácia de 90% a 95% contra a cepa britânica, e que "ainda é muito cedo para falar algo sobre a variante da África do Sul".

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