Campo profundo do Universo: primeira foto divulgada pelo telescópio espacial James Webb (NASA/Reprodução)
Redatora
Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 06h42.
O Telescópio Espacial James Webb registrou jatos de plasma emitidos por uma estrela recém-formada na Via Láctea. O fenômeno ocorre no aglomerado Sharpless 2-284, localizado na periferia da galáxia. As imagens mostram dois jatos simétricos, com cerca de oito anos-luz de extensão. O corpo celeste está a aproximadamente 15 mil anos-luz da Terra. Segundo informações do Popular Science, a observação ajuda a entender como estrelas massivas se formam.
A protoestrela observada tem mais de dez vezes a massa do Sol. Os jatos são compostos principalmente por hidrogênio molecular superaquecido. Estruturas desse tipo são comuns em estrelas jovens de menor porte. Em objetos tão massivos, porém, registros semelhantes são pouco frequentes. Por esse motivo, o fenômeno passou a ser acompanhado de perto pela comunidade científica.
A região onde a estrela se formou apresenta baixa metalicidade - isso significa escassez de elementos mais pesados que hidrogênio e hélio. Ambientes assim se assemelham às condições do universo primitivo. O aglomerado, portanto, funciona como um laboratório natural para estudos astrofísicos. Os dados ajudam a reconstruir processos ocorridos logo após o Big Bang.
A simetria dos jatos sugere estabilidade no disco de matéria ao redor da estrela. As estruturas se estendem em direções opostas, com separação próxima de 180 graus.
Segundo os autores do estudo citados pelo Popular Science, as observações permitem refinar modelos de evolução estelar. Estrelas massivas influenciam a dinâmica das galáxias ao longo do tempo. Elas afetam a formação de novos astros e a distribuição de elementos químicos.