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Inteligência artificial para presidente? Partido na Europa é comandado por uma máquina

A ideia, que parece ter saído de um filme de ficção científica, pretende convencer 20% do eleitorado da Dinamarca a ser representado por uma IA

Spooky futuristic male cyborg. (Gremlin/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 15h44.

Última atualização em 21 de outubro de 2022 às 16h21.

A possibilidade de um dia robôs comandarem a humanidade é uma ideia abordada constantemente por filmes de ficção científica. Contudo, um partido político recém-fundado na Dinamarca transformou o vislumbre em realidade e uma cena do presente: as decisões da sigla são, em parte, comandadas por uma inteligência artificial (IA).

Trata-se do Partido Sintético, que ainda não possui representantes no parlamento, mas que espera encontrar um eleitorado que aceite ser conduzido pelo Leader Lars, um chatbot com inteligência artificial.

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O criador da iniciativa, Asker Staunæs, alega que a tecnologia foi desenvolvida por uma ONG chamada MindFuture. A intenção com o projeto é que a IA possa representar coletivamente uma parcela da população do país mais específica.

Para treinar o possível candidato, o desenvolvimento da IA levou em conta políticas desenvolvidas por partidos periféricos do país na década de 1970. Com isso, os desenvolvedores pretendem representar cerca de 20% da população que não tem representantes atuais no parlamento dinamarquês.

“Estamos representando os dados de todos os partidos marginais, então são todos os partidos que estão tentando ser eleitos para o parlamento, mas não têm assento”, disse Staunæs ao site. “Então, é uma pessoa que formou uma visão política própria que gostaria de realizar, mas geralmente não tem dinheiro ou recursos para isso.”

“A inteligência artificial na forma de aprendizado de máquina já absorveu tanta entrada humana que podemos dizer que, de certa forma, todos participam desses modelos por meio dos dados que enviaram à Internet”, completou Staunæs. “Mas os sistemas que temos hoje não estão incentivando uma participação mais ativa, onde as pessoas realmente assumem o controle de seus dados e imagens, o que podemos de outra forma através dessa forma concentrada que os modelos de aprendizado de máquina disponíveis publicamente oferecem”.

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