Fóssil: em bom estado, ele ajudará cientistas a compreender a evolução dos pássaros (Ryan McKellar/Royal Sask Museum/Reprodução)
Victor Caputo
Publicado em 11 de fevereiro de 2018 às 07h00.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2018 às 07h00.
Nos últimos anos, um depósito gigantesco de âmbar em Myanmar proveu um verdadeiro baú de tesouros para pesquisadores de animais antigos, presos na resina fossilizada. Agora, os cientistas encontraram o fóssil mais bem conservado de um pássaro em âmbar, conforme reportou a National Geographic.
O pássaro, que ficou preso no material ainda bebê, tem 99 milhões de anos e viveu no final do período Cretáceo. De acordo com o Science Bulletin, ele mede 6 centímetros. O exterior do pássaro é estranhamente transparente, permitindo que os pesquisadores observem a parte interna de seu corpo, que incluiu a parte traseira do crânio, pedaços de uma asa, uma pata, a maior parte da coluna e os quadris.
De acordo com o que o time de cientistas pode analisar da descoberta, a criatura acabou caindo na resina – mas não é possível saber se, no momento em que isso aconteceu, ele estava vivo ou morto. Com o tempo, parte do tecido e ossos se decompuseram, dando lugar a outros sedimentos.
Julia Clark, especialista em evolução de pássaros da Universidade do Texas, falou à National Geographic sobre a descoberta. “Este depósito de fósseis chegou para mudar o jogo. É, sem sombra de dúvidas, a descoberta mais importante para entender a evolução de pássaros na atualidade”, afirmou.
Este texto foi publicado originalmente no site Superinteressante.