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Foram encontrados os restos da rainha egípcia Nefertari

Esposa de Ramsés II e famosa por sua beleza incomparável, hoje em dia só sobraram os joelhos dela

Restos: graças à pesquisa, descobriu-se também que a rainha, além de poderosa, era alta (Museo Egizio Turin)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 16h38.

Nefertari foi uma das rainhas mais poderosas do Egito Antigo e viveu, ao lado do marido Ramsés II, um dos mais conhecidos faraós da história, no século 13 a.C.

De beleza lendária, a regente era também bem educada: sabia ler e escrever hieróglifos e participou da vida política da 19a. dinastia egípcia.

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Seu túmulo foi encontrado em 1904 e, embora já tivesse sido saqueado diversas vezes nos séculos passados, ainda era um dos mais luxuosos que se conhece.

De 520 metros quadrados, as paredes da tumba são inteiramente enfeitados por desenhos da rainha e acredita-se que, antes dos saques, houvesse muitos tesouros por lá.

Só não havia uma coisa: a múmia de Nefertari. A única coisa que os escavadores encontraram no começo do século 20 foi um par de joelhos mumificados.

Agora, uma nova pesquisa confirma o que egiptólogos acreditam há décadas: que os joelhos pertenceram, de fato, a Nefertari.

Por meio de análises químicas, de raios-X, e de datações de carbono, os pesquisadores confirmaram que o pedaço da perna pertenceu a uma mulher de cerca de 40 anos, que foi mumificada com os rituais geralmente dedicados à realeza.

Ou seja, a rainha. Os cientistas acreditam que ela tenha sido enterrada com joias ao redor da cabeça e dos braços, o que fez com que a sua múmia acabasse sendo destruída durante os saques.

De fato, análises da tíbia da múmia mostram que ela sofreu diversas fraturas já depois de morta.

Graças à pesquisa, descobriu-se também que a rainha, além de poderosa, era alta. Devia ter medido 1,65 metros – 9 centímetros a mais do que a média das mulheres do Egito Antigo.

“Nefertari foi uma mulher muito bonita, o que podemos ver pelas imagens que existem dela. Penso que é triste e muito irônico que jamais poderemos comparar sua beleza lendária com os restos mortais, já que tudo que temos são seus joelhos”, disse à revista DiscoverJoann Fletcher, um dos autores da descoberta.

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