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Estudo tenta estimar quando países ficarão livres do coronavírus

Os próprios cientistas dizem que datas devem ser consideradas com ressalvas, porque há diversas variáveis não previstas e que podem influenciar na pandemia

Austrália: segundo estudo de Singapura, país deve ser um dos primeiros a ficar livre do vírus (Brendon Thorne/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2020 às 12h42.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 14h38.

Quando vai terminar a pandemia do novo coronavírus ? Usando um clichê, essa é a pergunta de 1 milhão de dólares para governos e empresas impactados pela crise. Mas pesquisadores da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura divulgaram, nesta terça-feira (28), um estudo que tenta responder a questão.

Para isso, eles usaram cálculos matemáticos combinando o crescimento da população, o modelo SIR (sobre espalhamento de vírus) e o número de casos oficiais em cada país para tentar prever o término da pandemia. A metodologia do estudo não detalha como esse cálculo foi feito.

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No Brasil, por exemplo, a pesquisa estima que em 1º de junho 97% dos casos da covid-19 já tenham sido registrados e que em 20 de agosto o país estará praticamente livre do vírus.

Os pesquisadores de Singapura, no entanto, alertam que o estudo pode conter erros, por isso deve ser usado somente para a educação e em outras pesquisas. Com isso, a pesquisa não tem qualificação para orientar políticas públicas.

Eles argumentam que a situação do coronavírus é muito complexa, e variáveis não previstas podem influenciar no tempo de duração da pandemia. Entre elas estão fatores como questões demográficas de cada país, a possibilidade de a mesma pessoa ser infectada mais de uma vez pela doença e a taxa de adesão da população às medidas de combate ao coronavírus, como o isolamento social e a quarentena.

Além disso, uma das principais críticas ao modelo SIR para avaliação das pandemias é exatamente a subnotificação de casos, problema apontado no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ainda não há evidência que comprove que pessoas com anticorpos para o novo coronavírus não possam ser infectadas mais de uma vez.

A análise dos pesquisadores de Singapura é uma das mais otimistas já divulgadas - ainda que tenha risco de conter erros. Em um estudo liderado por especialistas da Universidade de Harvard, publicado na respeitada revista científica Science, pesquisadores estimam que as medidas de distanciamento global devem precisar ser adotadas até 2022 para conter a pandemia do novo coronavírus. E, considerando que a imunidade desenvolvida por humanos contra o vírus seja permanente, o novo coronavírus poderá sumir em 2025.

Abaixo, veja como 20 dos países mais afetados vão conseguir, segundo o estudo de Singapura, superar a doença:

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