Ciência

Estes são os fatores que aceleram o envelhecimento cerebral

Abuso de álcool e maconha e condições psicológicas são as culpadas indicadas em novo estudo

 (Sxc.hu/Reprodução)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 05h55.

Última atualização em 25 de agosto de 2018 às 05h55.

São Paulo – Feito com base em 62.454 tomografias de 31 mil pessoas diferentes, um novo estudo indica quais são os fatores que aceleram o envelhecimento cerebral nos humanos. Além de condições psicológicas, fatores comportamentais também foram apontados como responsáveis, como o abuso do consumo de álcool e de maconha.

Em ordem, o que mais afeta negativamente a velocidade do envelhecimento cerebral é a esquizofrenia (aceleração de quatro anos, em média), o consumo abusivo de maconha (2,8 anos), o transtorno bipolar (1,6 ano), o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (1,4 ano) e o consumo abusivo de álcool (0,6 ano).

Apesar da crença inicial dos pesquisadores, descobriu-se que a depressão não está associada ao envelhecimento precoce do órgão. Foram analisadas 128 regiões do cérebro para determinar se houve aceleração no processo.

As pessoas que participaram do estudo tinham idades variadas, desde 9 noves até 105 anos. O objetivo do estudo era coletar fatos sobre o envelhecimento do cérebro para a criação de tratamentos futuros para manter as funções cognitivas humanas com o passar dos anos.

"Baseado em um dos maiores estudos de imagens cerebrais já feito, podemos agora detectar desordens comuns e comportamentos que envelhecem o cérebro prematuramente. Melhores tratamentos para essas desordens podem desacelerar ou mesmo parar o processo de envelhecimento cerebral. O achado sobre o abuso da cannabis foi especialmente importante, uma vez que nossa cultura começa a ver a maconha como uma substância inócua. Esse estudo deve nos oferecer uma pausa quanto a isso", disse, em nota, Daniel G. Amen, fundador da Amen Clinics e autor principal do estudo.

A pesquisa foi feita também por pesquisadores do Google, da John’s Hopkins University, da Universidade da Califórnia (tanto de Los Angeles quanto de São Francisco) e está disponível, por 27,50 euros, na internet. Ela será publicada no periódico científico Journal of Alzheimer’s Disease.

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