Este hábito diário pode reduzir as chances de você ter Alzheimer
Estudo diz que pessoas com gengivite precisam ter um cuidado extra
Maria Eduarda Cury
Publicado em 11 de junho de 2019 às 05h55.
Última atualização em 11 de junho de 2019 às 14h27.
São Paulo - Pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega , descobriram que a bactéria que causa a gengivite pode ser decisiva para o desenvolvimento de mal de Alzheimer, doença que afeta a memória e outras funções cerebrais do ser humano.
Segundo o pesquisador Piotr Mydel, do Departamento de Medicina Clínica, existe evidência comprovada pelo DNA que demonstra que a bactéria responsável pela inflamação da gengiva pode se locomover da boca para o cérebro. Estando nele, ela é capaz de produzir uma proteína que destrói células presentes no cérebro, o que resulta em uma perda de memória e, em algumas vezes, o Alzheimer por completo.
No entanto, Mydel apontou que a bactéria não faz o trabalho sozinha. O que acontece é que a presença dela aumenta o risco de a doença crescer no indivíduo, e ainda implica uma progressão mais rápida do que em casos comuns.
Para atrasar o aparecimento dos sintomas e o avanço da doença, o estudo cita alguns métodos, como ter o hábito de escovar constantemente os dentes e utilizar fio dental. Parece uma dica simples e óbvia, mas Mydel afirma que é uma prática indispensável para aqueles que já possuem gengivite ou casos de Alzheimer na família.
A evidência no DNA que Mydel e sua equipe possuem é algo inédito na Ciência. Após analisarem 53 pessoas que têm a doença, eles descobriram que a enzima prejudicial estava presente em 96% dos casos. De acordo com o pesquisador, o grupo está trabalhando em uma espécie de remédio que bloqueia a entrada da bactéria e suas enzimas na área cerebral do ser humano.
No Brasil , os dados estatísticos sobre o Alzheimer são pouco estudados. Mas a ONG chamada Instituto Alzheimer Brasil estima que cerca de 100 mil casos novos apareçam anualmente no país.