Dormir mais de 9 horas por dia aumenta o risco de derrame, revela estudo
Caso a pessoa durma mais de nove horas por noite e ainda tire sonecas de mais de 90 minutos por dia, o risco de um AVC aumenta em 85%
Rodrigo Loureiro
Publicado em 14 de dezembro de 2019 às 05h55.
Última atualização em 14 de dezembro de 2019 às 06h55.
São Paulo – Conhece alguém que parece até que não dorme, mas hiberna? Então é melhor informá-lo sobre os perigos da prática. Um estudo publicado recentemente no periódico científico Neurology revela que dormir mais de nove horas por dia pode aumentar o risco de um acidente vascular cerebral (AVC) .
Para chegar a conclusão, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China , estudaram durante seis anos os hábitos de sono de 31.750 homens e mulheres com idade média de 62 anos. A análise foi de que há um aumento de até 23% no risco de chances de AVC em quem dorme mais de nove horas por noite.
Cochilar de tarde, por mais de 90 minutos, também não é recomendado. Na verdade, é até mesmo mais prejudicial. O risco de um acidente vascular neste caso é 25% maior do que em pessoas que dormem cochilam por no máximo 30 minutos. Já a combinação de longos cochilos com períodos excessivos de sono durante a noite aumenta em até 85% o risco de um AVC.
Dormir bem é importante
O estudo também analisou se a qualidade do sono pode impactar nos riscos de uma pessoa desenvolver doenças cerebrais graves. Segundo os cientistas, pessoas que relatam baixa qualidade de sono têm 29% mais chances de sofrer um AVC em relação a quem dorme bem.
“Esses resultados destacam a importância da duração moderada da soneca e do sono e da manutenção da boa qualidade do sono", disse o líder do estudo, Xiaomin Zhang, ao site Medical News Today. "Especialmente em adultos de meia-idade e idosos."
Ponto curioso da pesquisa é que o estudo avaliou que quem dorme pouco não corre risco adicional de ter um AVC em relação às pessoas que têm entre sete e oito horas de sono por noite. Contudo, a privação de sono pode aumentar o risco de outros problemas, como cardiovasculares e respiratórios.