(Lucas Landau/Reuters)
Tamires Vitorio
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 08h30.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 08h42.
Um estudo realizado pela Universidade Simon Fraser, no Canadá, apontou a forma mais eficaz de evitar o espalhamento do novo coronavírus. Por meio de um modelo matemático, os cientistas observaram que o distanciamento social, mais do que o uso de máscaras ou se reunir com apenas um grupo de pessoas que também praticam o distanciamento social, é, ainda, a melhor forma de evitar o contágio pela covid-19.
Isso porque, segundo os pesquisadores, o uso de máscaras e as chamadas "bolhas sociais" dependem intrinsicamente do ambiente onde são adotadas.
Em lugares públicos e com alta chance de contágio, como escritórios lotados, bares, baladas e escolas, ficar com o mesmo grupo restrito de pessoas pode ajudar a reduzir os riscos de infecção, enquanto ao praticar atividades em ambientes externos, trabalhar em locais com distanciamento maior e o uso de transporte público (mesmo usando máscaras), diminui a eficácia da bolha.
Já a eficácia das máscaras, embora comprovadamente conhecidas por sua redução do espalhamento de gotículas do SARS-CoV-2, de acordo com os cientistas, depende do ambiente no qual ela é utilizada.
Em locais onde os riscos de transmissão são mais altos, como festas, corais, restaurantes, escritórios, entre outros, a máscara tem a sua eficácia reduzida e não é capaz de alterar a probabilidade de infecção de um indivíduo.
O uso de máscaras, no entanto, não deve ser descartado em nenhum local.
Uma pesquisa publicada no jornal científico The Lancet, por exemplo, mostrou que a cada metro de distância que uma pessoa fica distante de outra infectada, o risco de disseminação do SARS-CoV-2 cai. O estudo em questão também mostrou que máscaras e proteções para os olhos reduzem os riscos de disseminação do vírus — as máscaras diminuem o risco de 17% para apenas 3%, e a proteção para os olhos mostrou uma redução de 16% para 6%.