Ciência

Descoberto na China dinossauro gigante parecido com ave

Com cerca de oito metros de comprimento e até 3.000 quilos, o Beibeilong sinensis viveu cerca de 90 milhões de anos atrás

Com cerca de oito metros de comprimento e até 3.000 quilos, o Beibeilong sinensis viveu cerca de 90 milhões de anos atrás (University of Calgary/AFP)

Com cerca de oito metros de comprimento e até 3.000 quilos, o Beibeilong sinensis viveu cerca de 90 milhões de anos atrás (University of Calgary/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2017 às 09h42.

Pesquisadores descobriram uma nova espécie de dinossauro gigante, semelhante a um pássaro, que colocava ovos de 45 centímetros de comprimento, onde fica hoje a China central, segundo um estudo.

Com cerca de oito metros de comprimento e até 3.000 quilos, o Beibeilong sinensis ("dragão bebê da China") - viveu cerca de 90 milhões de anos atrás e é apenas a segunda espécie conhecida de oviraptorossauro gigante no mundo.

A paleontologista canadense Darla Zelenitsky, coautora do estudo, disse à AFP que o Beibeilong teria se parecido com um "overgrown cassowary", um pássaro que não voa semelhante a um emu.

Provavelmente coberto de penas, os oviraptorossauros tinham bicos robustos e sem dentes e muitas vezes exibiam uma crista no topo de suas cabeças.

"Houve um grande mistério por muitos anos sobre qual espécie colocou os maiores ovos de dinossauro conhecidos", disse Zelenitsky.

"A identificação do esqueleto de bebê neste estudo revelou que estes ovos foram colocados por oviraptorossauros gigantes, um grupo de dinossauros que são muito mal conhecidos a partir de ossos fósseis", acrescentou.

A descoberta, detalhada na revista científica Nature Communications na terça-feira, foi feita a partir de um esqueleto de dinossauro e um fóssil de ovo conhecido como "Baby Louie".

Baby Louie estava entre os milhares de ovos de dinossauro escavados e coletados de rochas do Cretáceo por fazendeiros locais na província central de Henan no final dos anos 1980 e início dos 1990.

O espécime foi então ilegalmente vendido e contrabandeado para os Estados Unidos, onde foi destaque na revista National Geographic e exibido publicamente no Indianapolis Children's Museum.

Embora o museu sempre tenha tido a intenção de repatriar o fóssil chinês, observou o estudo, um acordo para o seu retorno só foi atingido em 2013, quando Baby Louie encontrou seu lugar final de descanso no Museu Geológico de Henan.

Devido a preocupações legais, somente depois que Baby Louie voltou para casa uma equipe de cientistas chineses e canadenses pôde começar a pesquisar o espécime, que consistia em ossos de um embrião que morreu durante a incubação e ovos de 45 centímetros de comprimento encontrados em uma ninhada em forma de anel.

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