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Cientistas descobrem exoplaneta que não possui nuvens na atmosfera

Exoplaneta WASP-96b é um gigante gasoso com temperatura de mais de mil graus Celsius, similar a Saturno em massa e 20% maior do que Júpiter

Exoplaneta: espectro do WASP-96 mostra uma "impressão digital completa de sódio", o que só pode ser observado em uma atmosfera sem nuvens, afirmam os responsáveis pela descoberta (©AFP/Nasa/Arquivo/AFP)
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EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 20h36.

Redação Central - Um grupo internacional de cientistas revelou nesta segunda-feira a descoberta de um exoplaneta que não tem nuvens em sua atmosfera, o que representa um grande avanço para compreender melhor os planetas fora do Sistema Solar.

O exoplaneta WASP-96b é um gigante gasoso com temperatura de mais de mil graus Celsius, similar a Saturno em massa e 20% maior do que Júpiter, e que circula periodicamente uma estrela similar ao Sol.

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A falta de nuvens na atmosfera foi descoberta por uma equipe comandada pelo professor Nikolay Nikolov, da Universidade de Exeter, segundo um estudo publicado na revista "Nature".

Eles utilizaram o Very Large Telescope (VLT), no Chile, para estudar a atmosfera do exoplaneta. Como átomos e moléculas têm uma característica espectral única, os cientistas podem utilizá-la para detectar sua presença em objetos celestes.

Assim, o espectro do exoplaneta WASP-96 mostra uma "impressão digital completa de sódio", o que só pode ser observado em uma atmosfera sem nuvens, afirmam os responsáveis pela descoberta.

Durante muito tempo a comunidade prevê a existência de sódio nas atmosferas em exoplanetas gigantes, gasosos e quentes. Segundo Nikolov, o WASP-96b é o único, de 20 estudados, que parece ser completamente livre de nuvens e com um sinal claro de sódio.

As observações permitiram que a equipe de cientistas medisse a presença de sódio na atmosfera do exoplaneta e concluir que os níveis são similares aos encontrados no Sistema Solar.

O sódio é o sétimo elemento mais comum na Terra. Na vida animal, é responsável por regular a atividade cardíaca e o metabolismo.

O pesquisador Ernst de Mooij, da Universidade da Cidade de Dublin e coautor do trabalho, ressaltou que futuras observações deste exoplaneta sem nuvens proporcionarão uma "oportunidade única" para determinar a presença de outras moléculas, como água, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

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