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Cientistas brasileiros criam "viagra natural" usando veneno de aranha

Com aplicação em gel, medicamento já foi testado com sucesso em pacientes com disfunção erétil

Viagra: remédio da Pfizer pode ganhar um concorrente natural e brasileiro (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2019 às 09h00.

São Paulo - Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um novo remédio para impotência sexual . A diferença do popular Viagra, fabricado pela Pfizer , e de seus semelhantes, é de que o medicamento leva em sua composição veneno de aranha.

Com pesquisa já em fases avançadas de testes, o “viagra natural” conquistou o prêmio científico Desafio de Campeões da Ciência, realizado em Montevidéu, no Uruguai, realizado no dia 2 de dezembro. A honraria foi concedida para Maria Elena de Lima, bióloga e neurocientista do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) que comandou os trabalhos.

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Durante anos de pesquisa, Maria Elena descobriu que uma toxina derivada do veneno de uma aranha armadeira, espécie bastante comum no Brasil, pode substituir componentes químicos como o citrato de sildenafila, utilizado em remédios para disfunção erétil.

Aplicado em forma de gel, os efeitos são semelhantes aos da pílula de cor azul e realizam a vasodilatação para facilitar a chegada de sangue ao pênis. Nos testes realizados com 30 pacientes, os resultados foram positivos. A ereção começa de cinco a dez minutos após a aplicação e pode ser mantida por até quatro horas.

Apesar das boas perspectivas, o medicamento ainda deve levar alguns anos para estar disponível no mercado. O processo natural envolve uma série de testes pré-clínicos regulatórios, além de outros ensaios científicos. Não há previsão.

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