Ciência

Boeing adia teste tripulado de sua nave espacial para 2019

Teste foi postergado por falhas detectadas em vários motores de ejeção que não fecharam conforme o planejado, permitindo que o propelente vazasse

Boeing: primeiros voos de teste com pessoas a bordo estavam planejados para o fim de 2018 (Boeing/Divulgação)

Boeing: primeiros voos de teste com pessoas a bordo estavam planejados para o fim de 2018 (Boeing/Divulgação)

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AFP

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 20h17.

Uma falha descoberta durante um teste de lançamento da nave espacial Starliner da Boeing, projetada para transportar humanos à Estação Espacial Internacional (ISS), provocou um atraso no primeiro voo de teste tripulado para 2019.

O problema envolveu falhas em vários motores de ejeção que não fecharam conforme o planejado, permitindo que o propelente vazasse, disseram nesta quarta-feira funcionários da companhia em uma conferência telefônica.

"Estamos confiantes de que identificamos a causa e estamos implementando ações corretivas neste momento", disse John Mulholland, vice-presidente e responsável do programa de tripulações comerciais da Boeing, indicando que estão em andamento "pequenas mudanças de desenho".

O contratempo significa que o primeiro voo de teste tripulado será adiado para meados de 2019, disse.

Inicialmente, os primeiros voos de teste com pessoas a bordo estavam planejados para o fim de 2018.

Tanto a Boeing como a SpaceX estão construindo naves espaciais para transportar astronautas e restaurar o acesso dos Estados Unidos à ISS, competência que perderam com o encerramento do programa de ônibus espaciais em 2011.

Não está claro quando serão realizados estes dois primeiros voos.

Um relatório emitido no mês passado por um auditor do governo dos Estados Unidos disse que era improvável que a Boeing e a SpaceX fossem capazes de enviar astronautas à ISS no ano que vem, o que daria lugar a uma possível brecha na presença dos Estados Unidos na nave.

Os Estados Unidos compraram assentos para astronautas da Nasa a bordo do veículo espacial russo Soyuz, por mais de 80 milhões de dólares cada, até novembro de 2019.

Não se espera que a SpaceX ou a Boeing estejam prontas para realizar voos com pessoas a bordo até essa data devido a várias demoras na certificação de seus programas, assegurou o Escritório de Responsabilidade Governamental em seu relatório de julho.

Nenhuma das duas companhias publicou cronogramas atualizados para os primeiros voos de seus respectivos Crew Dragon e Starliner.

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