Aposentado de 84 anos faz Enem pela quarta vez
Carlos Alberto Barbosa tem o sonho de fazer faculdade de Biologia e estudou sozinho pelo computador para fazer as provas
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2015 às 12h44.
Rio -- Pais e estudantes lotam o pátio de entrada da Universidade do Estado do Rio (UERJ) neste sábado, pouco antes do fechamento dos portões para o início das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) . A universidade é um dos principais locais de prova no Rio. O clima é de ansiedade entre os estudantes.
Um deles espera há 60 anos pela oportunidade de cursar uma faculdade em uma instituição pública. O aposentado Carlos Alberto Barbosa, 84 anos, tem o sonho de concluir um curso de ensino superior desde quando tinha apenas 20 anos. É o quarto Enem que ele tenta.
"Sempre estive na média de nota entre 500 e 600 pontos. Fiz 560 na redação ano passado", conta ele, que tenta uma vaga em um curso de Biologia .
Ele diz que ficou entre os estudantes que apesar de aprovados não conseguiram vaga para o curso de Medicina em 1967. Ele chegou a iniciar um curso de Administração na Fundação Getulio Vargas anos mais tarde, mas não conseguiu concluir. "Não consegui terminar. Trabalhava no administrativo da Compania de Limpeza Urbana do Rio. Tinha 3 crianças para sustentar", conta ele.
Na tentativa deste ano ele diz que contratou apenas uma professora de redação e o resto estudou sozinho pelo computador. "É um sonho. Não tenho pretensão de trabalhar. Só de continuar estudando e aprendendo", afirma.
Quem faz o Enem pela primeira vez é João Pedro Cunha, de 16 anos. Portador de uma doença na medula e de déficit de atenção, o adolescente contará com auxílio de um professor durante a prova. A mãe dele também terá um espaço reservado para aguardar o filho.
"A organização me ligou e ofereceu um professor-leitor. Também disseram que ele podia fazer a prova oral, mas como esse ano ele vai fazer por experiência decidimos deixar ele fazer a prova escrita. Fomos muito bem assistidos", explica Monique Aciole, 41 anos, mãe de João Pedro.
Ele tentará uma vaga no curso de Letras - Língua Portuguesa. "Estou um pouco ansioso. Achava que a redação podia ser sobre crise da economia, mas deve ser algo que ninguém está esperando", conta João Pedro.
O adolescente estava acompanhado da amiga Bruna Brandão, 16 anos, que tenta vaga no curso de Comunicação Visual ou Design Gráfico. "Passei a semana com um grupo de amigos revisando história, física e química. Mas faço curso técnico e tem o trabalho de conclusão também. É muita coisa agora", diz Bruna.
Rio -- Pais e estudantes lotam o pátio de entrada da Universidade do Estado do Rio (UERJ) neste sábado, pouco antes do fechamento dos portões para o início das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) . A universidade é um dos principais locais de prova no Rio. O clima é de ansiedade entre os estudantes.
Um deles espera há 60 anos pela oportunidade de cursar uma faculdade em uma instituição pública. O aposentado Carlos Alberto Barbosa, 84 anos, tem o sonho de concluir um curso de ensino superior desde quando tinha apenas 20 anos. É o quarto Enem que ele tenta.
"Sempre estive na média de nota entre 500 e 600 pontos. Fiz 560 na redação ano passado", conta ele, que tenta uma vaga em um curso de Biologia .
Ele diz que ficou entre os estudantes que apesar de aprovados não conseguiram vaga para o curso de Medicina em 1967. Ele chegou a iniciar um curso de Administração na Fundação Getulio Vargas anos mais tarde, mas não conseguiu concluir. "Não consegui terminar. Trabalhava no administrativo da Compania de Limpeza Urbana do Rio. Tinha 3 crianças para sustentar", conta ele.
Na tentativa deste ano ele diz que contratou apenas uma professora de redação e o resto estudou sozinho pelo computador. "É um sonho. Não tenho pretensão de trabalhar. Só de continuar estudando e aprendendo", afirma.
Quem faz o Enem pela primeira vez é João Pedro Cunha, de 16 anos. Portador de uma doença na medula e de déficit de atenção, o adolescente contará com auxílio de um professor durante a prova. A mãe dele também terá um espaço reservado para aguardar o filho.
"A organização me ligou e ofereceu um professor-leitor. Também disseram que ele podia fazer a prova oral, mas como esse ano ele vai fazer por experiência decidimos deixar ele fazer a prova escrita. Fomos muito bem assistidos", explica Monique Aciole, 41 anos, mãe de João Pedro.
Ele tentará uma vaga no curso de Letras - Língua Portuguesa. "Estou um pouco ansioso. Achava que a redação podia ser sobre crise da economia, mas deve ser algo que ninguém está esperando", conta João Pedro.
O adolescente estava acompanhado da amiga Bruna Brandão, 16 anos, que tenta vaga no curso de Comunicação Visual ou Design Gráfico. "Passei a semana com um grupo de amigos revisando história, física e química. Mas faço curso técnico e tem o trabalho de conclusão também. É muita coisa agora", diz Bruna.