A homeless little ginger kitty, similar to a little fox in a shelter, looks at the camera, looking for a house, volunteers help animals ( Mariia Zotova/Getty Images)
Repórter
Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 10h51.
Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 10h55.
Os gatos de cor laranja estão entre os favoritos dos amantes de felinos. No entanto, a cor da pelagem desses animais sempre intrigou seus tutores e despertou a curiosidades de cientistas. Agora, parece que os pesquisadorss desvendaram o mistério por trás do gato laranja.
Esse tipo de gato existe há milênios. Pinturas antigas e animais mumificados encontrados em tumbas egípcias sugerem que felinos dessa cor eram comuns na antiguidade. Embora sejam populares na cultura pop contemporânea, esses animais continuam sendo uma das cores de pelagem mais raras entre os felinos.
Também conhecidos como gatos "tartaruga", esses têm pelos que mesclam tons laranjas e não-laranjas, criando um padrão que lembra a casca de uma tartaruga.
Recentemente, duas pesquisas independentes, conduzidas por equipes de pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos, resolveram esse enigma. Os especialistas identificaram o gene responsável pela pelagem ruiva dos gatos: o ARHGAP36, conhecido como gene "Orange".
A descoberta confirma a teoria proposta em 1912 pelo geneticista americano Clarence Cook Little. Ele sugeriu que a cor laranja nos gatos é determinada por uma variante no cromossomo X, explicando por que os gatos ruivos são, na maioria das vezes, machos e por que os gatos "tartaruga" são predominantemente fêmeas.
A teoria de Little indicava que os machos, com apenas um cromossomo X (XY), seriam totalmente laranja ou não-laranja, enquanto as fêmeas (XX) poderiam herdar uma variante de cada, resultando no padrão tartaruga.
Little também previu que as fêmeas completamente laranja seriam raras, pois precisariam herdar duas variantes laranja. Machos "tartaruga" ou malhados poderiam surgir em casos de anormalidades cromossômicas, como um cromossomo X extra (XXY), o que também resultaria em esterilidade.
Ambos os estudos ainda estão em processo de revisão por pares e podem ser acessados no servidor de pré-publicação bioRxiv.