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7 destinos espaciais para futuros turistas de... Marte

Agências e empresas espaciais têm planos de um dia tornar Marte habitável; conheça as regiões mais surpreendentes do planeta vermelho

Marte: planeta vermelho é alvo de missões espaciais em 2021 (MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
LP

Laura Pancini

Publicado em 20 de junho de 2021 às 08h00.

Se os planos de Elon Musk , Jeff Bezos , Nasa e outras empresas e agências espaciais derem certo, Marte pode um dia virar a casa (ou colônia de férias) de uma parte da população.

O planeta vermelho é cheio de contrastes, com vulcões e cânions enormes, crateras misteriosas e desfiladeiros profundos. Para quem for visitar no futuro, a região promete mistério, aventura e um mundo completamente novo—literalmente.

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Aqui estão alguns locais que os futuros marcianos podem visitar:

Monte Olimpo

O Monte Olimpo (em inglês, "Olympus Mons") é um dos maiores vulcões do sistema solar, localizado na região vulcânica de Tharsis. Sua altura é de 25 quilômetros, o tornando três vezes mais alto que o Monte Everest, que tem 8,9 quilômetros

Ele se formou após lava lentamente rastejar pelas encostas e tem uma inclinação média de apenas 5%, o que significa que deve ser relativamente fácil de escalar. Quem chegar ao topo irá encontrar uma depressão de 85 quilômetros de largura, formada por câmaras magmáticas que perderam lava e desmoronaram.

Olympus Mons em Marte, um dos maiores vulcões do sistema solar (NASA/MOLA Science Team/ O. de Goursac, Adrian Lark/Reprodução)

Vulcões Tharsis

O Monte Olimpo está longe de ser o único vulcão na região de Tharsis. No total, há 12 vulcões gigantes na região, em uma zona de aproximadamente 4.000 quilômetros de largura, para futuros turistas espaciais explorarem.

Os vulcões em Marte são muito maiores que os da Terra, possivelmente porque o planeta vermelho tem uma atração gravitacional mais fraca, o que leva os vulcões a crescerem mais. Estima-se que eles tenham entrado em erupção por até 2 bilhões de anos, o equivalente a metade da idade de Marte.

Valles Marineris

Por incrível que pareça, Marte também conta com o maior cânion do sistema solar. Com 3.000 quilômetros de comprimento, o Valles Marineris é quatro vezes mais longo do que o Grand Canyon, nos Estados Unidos.

Cientistas não sabem dizer como exatamente a região se formou, mas há uma hipótese de que o surgimento de Tharsis pode ter ajudado. A teoria é que a lava movendo pela região vulcânica acabou empurrando a crosta do planeta para cima, quebrando outras regiões em fraturas. Com o tempo, essas fraturas teriam crescido em Valles Marineris e se tornado o cânion.

Polos norte e sul

Para quem está na dúvida de viajar no frio ou no calor, Marte garante as duas experiências nos polos sul e norte do planeta.

Durante o inverno, as temperaturas nas regiões são tão frias que o dióxido de carbono vira gelo na superfície. Já no verão, o processo se reverte: o CO2 sublima de volta à atmosfera. Todo esse movimento do gelo tem grandes efeitos no clima marciano, produzindo ventos e outros efeitos.

Cratera Gale e Monte Sharp (Aeolis Mons)

Além de ser o palco de aterrissagem do rover Curiosity ("curiosidade", em português), a cratera Gale também é famosa por ter diversas evidências de que já houve água em Marte — encontradas pelo próprio rover durante exploração no fundo de uma cratera.

Atualmente, o rover explora um vulcão próximo a região pelo nome de Monte Sharp (ou Aeolis Mons), e analisa suas características geológicas.

Cratera Gale e Monte Sharp, famosa por ter evidências de que já houve água em Marte (NASA/JPL-Caltech/ASU/Reprodução)

O Curiosity já chegou a descobrir moléculas orgânicas complexas por lá, mais especificamente dentro de rochas de 3,5 bilhões de anos. Outra descoberta anunciada na época foi que as concentrações de metano na atmosfera, que podem ou não ser um sinal de vida, mudam ao longo das estações.

Medusae Fossae

Uma das localizações mais estranhas de Marte, a Medusae Fossae é uma região geológica de origem incerta. Para alguns, ela teria evidências de algum tipo de acidente de OVNI. Há uma explicação mais provável: ela é um enorme depósito vulcânico, quase um quinto do tamanho dos EUA, com rochas esculpidas por ventos.

Mais estudos precisam ser concluídos para entender o que acontece em Medusae. Um estudo publicado em 2018 sugere que a formação da região pode ter sido a partir de erupções vulcânicas que ocorreram ao longo de 500 milhões de anos. As erupções teriam aquecido o planeta à medida que os gases do efeito estufa se espalharam pela atmosfera.

'Dunas fantasmas' na bacia de Noctis Labyrinthus e Hellas

Já pensou ter que levar um corta vento para o planeta vermelho? Como a água evaporou com a atmosfera ficando mais fina, Marte é uma região que tem muitos ventos.

Há, porém, evidências de água nas regiões apelidadas de "dunas fantasmas", encontradas na bacia de Noctis Labyrinthus e Hellas. De acordo com pesquisadores, as regiões abrigavam dunas com dezenas de metros de altura, mas que eventualmente foram inundadas por lava ou água.

Para cientistas, as dunas antigas mostram como os ventos fluiam em Marte antigamente, o que dá uma ideia sobre o antigo ambiente da região.

Dunas fantasmas na bacia de Noctis Labyrinthus e Hellas (NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona/Reprodução)

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