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5 descobertas científicas sobre a perda de peso

O emagrecimento é pauta para uma série de estudos; veja o que já foi descoberto

 (Reprodução/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de abril de 2018 às 05h55.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 13h42.

São Paulo – Você já tentou perder peso ou está tentando emagrecer? Diversos estudos científicos já foram feitos a respeito do comportamento do corpo humano durante esse processo. Confira a seguir cinco descobertas da ciência relacionadas com a perda de peso.

Atividade física emagrece mais do que fazer dieta?

Uma análise de 60 estudos científicos realizada pela Vox Media concluiu que fazer dieta tem maior impacto na redução de peso do que a prática de atividades físicas. Apesar de os exercícios terem impacto positivo na melhora da saúde humana, eles representam uma quantidade pequena de energia consumida ao longo do dia de uma pessoa que não é atleta profissional. O consumo calórico basal, a energia consumida pelo organismo para se manter em funcionamento, representa a maior do gasto de energia de uma pessoa. Portanto, reduzir o consumo de alimentos calóricos tem impacto maior na redução de peso.

O levantamento cita o exemplo de um homem de 90,7 kgs que correu uma hora por dia, quatro vezes por semana, ao longo de um mês e conseguiu perder, no máximo, 2,2 kgs. O resultado seria melhor se houvesse uma redução no consumo de alimentos no mesmo período aliado com a prática de exercícios.

Para onde vai a gordura?

Pela lei de conservação de massa de Lavoisier, nada se perde, tudo se transforma. O princípio também se aplica à perda de peso. De acordo com estudo da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, grande parte da gordura perdida em uma dieta ou durante a prática de atividade física é exalada na respiração.

Segundo testes dos pesquisadores, 84% dos triglicérides–que constituem a gordura–viraram dióxido de carbono, enquanto 16% se transformaram em água em um processo de redução de peso.

Quem emagrece tem mais fome depois?

A ciência diz que sim. Um estudo de pesquisadores de Universidades da Noruega e da Dinamarca analisou o sentimento de fome e satisfação e descobriu que mudanças na química corporal de pessoas que perderam peso dois anos antes podem ocasionar o aumento da fome.

O hormônio ligado à satisfação chamado peptídeo YY se manteve estável desde a quarta semana de dieta e exercícios. No entanto, após um ano desde o início do experimento, os níveis de grelina, conhecido como hormônio da fome, tiveram aumento consistente, e assim permaneceram por mais doze meses. O estudo, portanto, indica um dos motivos para o chamado efeito sanfona nas pessoas que tentam perder peso. Ainda são necessários mais estudos para avaliar os motivos pelos quais os hormônios apresentaram esse comportamento.

Como manter o peso perdido depois da dieta?

Isso é possível, sim. De acordo com uma análise de 20 estudos que envolveram mais de 3 mil pessoas, dietas ricas em proteína e refeições pesadas substituídas por leves, que tenham poucas calorias, apresentaram melhores resultados do que a prática de exercícios físicos para manter o peso. A análise foi publicada no American Journal of Clinical Nutrition, em 2014.

A atividade física pode ocasionar um comportamento compensatório, que leva as pessoas a comerem mais porque praticaram algum exercício. Fora isso, após uma corrida matinal, as pessoas tendem a se movimentar menos ao longo do dia pelo mesmo motivo.

Porém, outros estudos ligam a manutenção do peso perdido a uma dieta regrada e à prática regular de exercícios.

O estresse está ligado ao ganho ou perda de peso?

Pesquisadores da University College London relacionaram o estresse com o ganho de peso em 2.500 pessoas (homens e mulheres) com mais de 54 anos de idade. Analisando os níveis de cortisol, o hormônio liberado em momentos de estresse.

"Descobrimos que o nível de cortisol no cabelo é correlacionado positiva e significativamente com a maior circunferência da cintura e com o maior índice de massa corporal", afirmou Sarah Jackson, pesquisadora associada do Instituto de Epidemiologia e Saúde da University College London, de acordo com a CNN. Com isso, os pesquisadores associaram o alto nível de estresse com a obesidade.

O cortisol ajuda a regular o nível de açúcar no sangue e também na liberação de energia para as reações emergenciais em situações de estresse. A possível causa do aumento ou redução de peso relacionada ao estresse é o fato de que o cortisol é liberado a partir do tecido de gordura visceral, que envolve os órgãos.

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