Versalhes revela influência do Século das Luzes na moda
Exposição mistura vestimentas dos anos 1700 com criações de grandes estilistas do século XX
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2011 às 17h59.
Versalhes, França - O castelo de Versalhes, residência dos reis antes da Revolução Burguesa de 1789, inaugurou nesta quinta-feira uma exposição que revela a influência do Século das Luzes na alta-costura, misturando vestimentas do século XVIII com criações de grandes estilistas do século XX.
A mostra, apresentada no Grande Trianon, o luxuoso castelo de campo, ao lado da residência dos reis Luís XIV, XV e XVI, surpreende pela dificuldade que os visitantes têm, às vezes, de diferençar a vestimenta de um período encarnado por Maria Antonieta e Madame Pompadour de modelos de Pierre Balmain, Christian Dior e Christian Lacroix.
"A comparação revela a forte influência da moda do século XVIII na Alta-Costura do século XX", explicou à AFP Olivier Saillard, diretor do museu Galliera (o Museu da Moda de Paris) e curador da exposição, junto com a historiadora Pascale Gorguet Ballesteros.
Intitulada "O século XVIII ao gosto de hoje", a exposição, que vai até 9 de outubro de 2011, propõe vestidos espetaculares para a noite - criações Dior, Chanel, Balmain, em veludos e brocados, com motivos típicos do século XVIII, ao lado de outros não menos suntuosos trajes que vestiram princesas e cortesãs nas cortes dos reis da França.
"Versalhes teve um papel importante na moda, que perdura e inspira os estilistas de nosso tempo", destacou Saillard, diante de um modelo Lacroix, drapeado e bordado com finas pedrarias.
Há também uma criação de Olivier Theyskens para a casa Rochas, onde paira o fantasma de Maria Antonieta, ao mesmo tempo em que Karl Lagerfeld, diretor artístico da casa Chanel, inspirou-se na delicadeza da pintura de Watteau para alguns de seus modelos.
Até a "rainha da moda punk", a excêntrica estilista britânica Vivienne Westwood, foi buscar inspiração no século XVIII, com um traje majestoso marcado pelos grandes laços, mangas justas e uma saia ampla, como as que vestiam as grandes damas das cortes europeias.
Também conceitualistas como o japonês Yohji Yamamoto, o tunisiano Azedinne Alaia e a casa Martin Margiela receberam influência do século XVIII, destacou Saillard.
A questão é saber como a moda do Século das Luzes pôde atrair criadores abstratos e minimalistas, como Yamamoto, Alaia ou Nicolas Ghesquière, diretor artístico da casa Balenciaga? era a perguinta mais ouvida.
Segundo Saillard, para os contemporâneos, o século XVIII representa algo "exótico", que fascina e intriga.
Mas para Pascale Gorguet Ballesteros, do museu Galliera, a explicação é proporcional ao interesse desses criadores conceitualistas não pela liberdade e movimento do corpo feminino, mas "pela estrutura" da vestimenta em si.
A maior parte das 60 peças exibidas em Versalhes foram cedidas pelo museu Galliera, fechado para reforma até 2012.
Versalhes, França - O castelo de Versalhes, residência dos reis antes da Revolução Burguesa de 1789, inaugurou nesta quinta-feira uma exposição que revela a influência do Século das Luzes na alta-costura, misturando vestimentas do século XVIII com criações de grandes estilistas do século XX.
A mostra, apresentada no Grande Trianon, o luxuoso castelo de campo, ao lado da residência dos reis Luís XIV, XV e XVI, surpreende pela dificuldade que os visitantes têm, às vezes, de diferençar a vestimenta de um período encarnado por Maria Antonieta e Madame Pompadour de modelos de Pierre Balmain, Christian Dior e Christian Lacroix.
"A comparação revela a forte influência da moda do século XVIII na Alta-Costura do século XX", explicou à AFP Olivier Saillard, diretor do museu Galliera (o Museu da Moda de Paris) e curador da exposição, junto com a historiadora Pascale Gorguet Ballesteros.
Intitulada "O século XVIII ao gosto de hoje", a exposição, que vai até 9 de outubro de 2011, propõe vestidos espetaculares para a noite - criações Dior, Chanel, Balmain, em veludos e brocados, com motivos típicos do século XVIII, ao lado de outros não menos suntuosos trajes que vestiram princesas e cortesãs nas cortes dos reis da França.
"Versalhes teve um papel importante na moda, que perdura e inspira os estilistas de nosso tempo", destacou Saillard, diante de um modelo Lacroix, drapeado e bordado com finas pedrarias.
Há também uma criação de Olivier Theyskens para a casa Rochas, onde paira o fantasma de Maria Antonieta, ao mesmo tempo em que Karl Lagerfeld, diretor artístico da casa Chanel, inspirou-se na delicadeza da pintura de Watteau para alguns de seus modelos.
Até a "rainha da moda punk", a excêntrica estilista britânica Vivienne Westwood, foi buscar inspiração no século XVIII, com um traje majestoso marcado pelos grandes laços, mangas justas e uma saia ampla, como as que vestiam as grandes damas das cortes europeias.
Também conceitualistas como o japonês Yohji Yamamoto, o tunisiano Azedinne Alaia e a casa Martin Margiela receberam influência do século XVIII, destacou Saillard.
A questão é saber como a moda do Século das Luzes pôde atrair criadores abstratos e minimalistas, como Yamamoto, Alaia ou Nicolas Ghesquière, diretor artístico da casa Balenciaga? era a perguinta mais ouvida.
Segundo Saillard, para os contemporâneos, o século XVIII representa algo "exótico", que fascina e intriga.
Mas para Pascale Gorguet Ballesteros, do museu Galliera, a explicação é proporcional ao interesse desses criadores conceitualistas não pela liberdade e movimento do corpo feminino, mas "pela estrutura" da vestimenta em si.
A maior parte das 60 peças exibidas em Versalhes foram cedidas pelo museu Galliera, fechado para reforma até 2012.