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Vendas de superiates crescem mesmo com russos fora de cena

O Monaco Yacht Show que terminou no último fim de semana teve um recorde de 117 barcos em exibição

A demanda forte fez de 2021 um ano recorde para vendas globais de superiates. (Christopher Furlong/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 7 de outubro de 2022 às 10h41.

Em se tratando de superiates, nem parece que os bilionários russos saíram de cena e os esforços para domar a inflação aumentaram os temores de uma recessão global.

O Monaco Yacht Show que terminou no último fim de semana teve um recorde de 117 barcos em exibição, com nomes como “Shabby”, “Miss Candy” e “110’ Dolcevita”. O show parecia um mundo à parte da guerra na Ucrânia e da crise energética que paralisa a Europa.

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Executivos do setor falaram da demanda insaciável que se intensificou durante a pandemia, quando os ricos decidiram que um barco próprio era a maneira ideal de escapar de lockdowns e infecções. Mesmo após os temores da pandemia diminuírem, a demanda permaneceu forte.

Nos nove primeiros meses de 2022, a receita da Burgess, uma das principais corretoras de superiates, já aumentou 20% em relação ao ano passado, a caminho de mais um ano recorde.

“Nossos clientes são todos muito ricos”, disse o CEO da Burgess, Jonathan Beckett, em entrevista nos bastidores do evento. “Acho que o que a pandemia fez foi fazê-los se sentirem vulneráveis pela primeira vez em suas vidas. Eles pensam, ‘a vida é realmente frágil. Eu não sou imortal e posso me dar ao luxo de sair e fazer algo realmente legal. Por que não fazer isso agora?’”

A demanda forte fez de 2021 um ano recorde para vendas globais de superiates. Embora seja improvável que isso se repita este ano, as vendas ainda estão 68% acima da média de 13 anos, de acordo com a corretora Fraser Yachts. No ano passado, 1.001 superiates medindo 24 metros ou mais, incluindo novas construções, foram vendidos por € 9,4 bilhões (US$ 9,2 bilhões), segundo Kevin Bodington, fundador e CEO da YachtBuyer.com. As vendas até agora este ano estão em 567 unidades por € 4,2 bilhões, disse ele.

“O mercado está se desacelerando não tanto por falta de demanda, mas sim por falta de oferta”, disse ele. “A carteira de pedidos dos estaleiros está praticamente cheia, mas você não pode aumentar escala da noite para o dia.”

Os americanos impulsionam a demanda, mais do que compensando a ausência de russos ricos. Em 31 de agosto, os proprietários americanos representavam a maior parte da frota existente e das novas construções, de acordo com o Superyacht Times. Os proprietários americanos representam 23% da frota global de superbarcos de mais de 40 metros, seguidos pelos russos em cerca de 9%. Outros grandes compradores vêm da Grécia, Reino Unido, Turquia e Itália.

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