Uma cidade marciana de US$ 136 milhões será construída em Dubai
O local, com área de 24 campos de futebol, simulará as condições de produção de comida, água e energia na hipotética colonização do planeta vermelho
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2017 às 11h20.
Se o ser humano não vai a Marte, Marte vem até o ser humano. Ou quase isso. Os Emirados Árabes Unidos vão investir 135 milhões de dólares na construção de uma ‘cidade marciana’ de 176 mil m² – o equivalente a 24 campos de futebol – em Dubai.
O local terá laboratórios para estudar a produção de comida e energia na superfície inóspita do planeta vermelho – as prévias do projeto mostram jardins suspensos em terraços.
A simulação, projetada por um arquiteto dinamarquês renomado chamado Bjarke Ingels, usará areia dos desertos próximos de matéria-prima para as paredes, que serão moldadas em uma impressora 3D.
Além das áreas dedicadas à pesquisa científica e o treinamento de astronautas, o complexo também terá um museu aberto ao público.
Essas estruturas serão isoladas do exterior por quatro enormes domos, que lembram as cúpulas geodésicas de Buckminster Fuller (como a do parque Epcot, na Flórida).
A iniciativa ambiciosa é parte dos esforços do governo dos Emirados Árabes Unidos para tornar o país uma potência científica e liderar a corrida à Marte.
Eles prometem colonizar nosso vizinho planetário até 2117. Um grupo de potenciais astronautas passará um ano no interior da estrutura para simular uma missão ao planeta vermelho.
O objetivo é atingir a auto-suficiência: por causa dos 225 milhões de quilômetros que nos separam de Marte, a água e o alimento que seriam consumidos na missão hipotética precisariam ser produzidos pelos próprios viajantes.
“O novo projeto é mais um passo nas nossas contribuições de vanguarda para a ciência global”, afirmou o sheikh Mohammed bin Rashid, primeiro ministro do país.
“Nós queremos estabelecer um exemplo e uma motivação para que os outros participem, e contribuir com a marcha da humanidade para o espaço.”
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.