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UCI declara Lance Armstrong culpado e confisca seus títulos

O órgão confirmou a perda definitiva dos sete títulos Tour de France que o ciclista acumulava devido à confirmação do uso de doping

Lance Armstrong foi banido de vez do ciclismo e perdeu definitivamente seus prêmios da Tour de France (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 09h44.

São Paulo – Agora, não há mais volta. O ciclista que impressionou o mundo ao vencer sete títulos Tour de France após um câncer perdeu todas as suas conquistas. Nesta segunda-feira, a UCI (União Ciclística Internacional) anunciou que não vai recorrer da decisão tomada pela USADA (agência antidoping dos Estados Unidos) de confiscar os troféus conquistados por Lance Armstrong entre 1999 e 2005.

Na prática, a lenda do ciclismo será banida do esporte e seu nome será apagado do livro dos recordes da competição. De acordo com a direção da Tour de France, as edições vencidas por ele ficarão sem vencedor oficial e ninguém ficará com as medalhas que um dia pertenceram a Armstrong, já que muitos dos outros competidores também estiveram envolvidos em casos de doping .

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Em uma coletiva de imprensa realizada na Suíça, o presidente da UCI Pat McQuaid afirmou que eles foram “muito longe na luta contra o doping para voltar atrás” e que “uma coisa como essa não deveria acontecer nunca mais”. Ele ainda sentenciou que Armstrong “não tem lugar no ciclismo”.

A decisão do órgão foi tomada após receber da USADA um relatório de mais de mil páginas com provas documentais e testemunhos que embasavam a acusação de que o esportista não só era usuário de drogas para melhorar a performance como também servia de “central de distribuição” das substâncias entre os colegas de sua equipe.

Armstrong sempre negou a transgressão, mas isso não foi suficiente para convencer as entidades e diferentes marcas sobre sua inocência. Na última semana, ele perdeu o patrocínio da Nike, da Anheuser-Busch (unidade americana do conglomerado de cervejas AB InBev) e da fabricante de bicicletas Trek.

Diante disso, ele decidiu deixar a presidência da Livestrong, fundação criada por ele em 1997 para ajudar pessoas com câncer. Com a saída, ele tenta evitar que esses problemas prejudiquem sua causa social.

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