Tom Cruise é sobrevivente num mundo destruído em Oblivion
Novo filme com o astro americano prima pelo visual, mas não sabe direito onde e como quer chegar
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 13h40.
São Paulo - Uma vez que as ficções científicas pós-apocalípticas partem de um mesmo princípio, é no conteúdo que elas se diferenciam e se resolvem. "Oblivion", novo filme com Tom Cruise , prima pelo visual, mas não sabe direito onde e como quer chegar.
A trama, assinada pelo diretor, Joseph Kosinski, e outros dois roteiristas, coloca o astro como um dos poucos sobreviventes de uma Terra devastada depois de uma guerra contra alienígenas.
"Ganhamos a guerra, mas destruímos o planeta", diz Jack (Cruise) mais de uma vez. Como fazem todos os diretores/roteiristas incapazes de explicar a trama e o cenário por meio da ação ou diálogos, Kosinski se vale de longas narrações, que padecem de excesso de informação e, no fundo, mais atrapalham do que ajudam.
Jack é um técnico que conserta os drones, esferas mortíferas programadas para detectar e exterminar extraterrestres e terráqueos perigosos.
Identificado como "número 49", Jack vive numa casa futurista, numa plataforma no meio do nada, com sua mulher Vica (Andrea Riseborough). Logo alguns detalhes começam a desestabilizar a eficiência da dupla, que se reporta diariamente aos seus superiores através de uma tela. Num momento que remete ao clássico "Fahenreit 451", o técnico pega para si um livro nas ruínas de uma biblioteca destruída.
Mais tarde, quando encontra humanos dentro de receptáculos, depois da queda de uma aeronave, ele resolve salvar a única sobrevivente, Julia (Olga Kurylenko). Leva-a para casa, e não conta nada para os seus superiores --apesar do ciúme de sua mulher.
Se em alguns momentos "Oblivion" faz lembrar uma espécie de versão menos fofa da animação "Wall-e", em outros, também lembra "Planeta dos Macacos". Mas Kosinski, cujo currículo inclui "Tron, O Legado", não é diretor de muita especulação, e sim de correrias, tiros e explosões.
A subtrama dos rebeldes --liderados por Morgan Freeman-- e da pirâmide invertida que flutua no céu --uma nova esperança, uma nova moradia, uma espécie de deus-- não parece muito bem resolvida na trama.
Como de costume, tudo se encaixa no sentido de fazer Cruise triunfar como herói, também no sentido romântico, ainda que o enredo, neste aspecto, mostre-se um tanto pueril.
Em tempo: o título original do longa, "Oblivion", traduz-se como "Esquecimento" - talvez o melhor motivo para a empresa distribuidora no Brasil não o traduzir tenha a ver com a tentativa de impedir piadas prontas.
São Paulo - Uma vez que as ficções científicas pós-apocalípticas partem de um mesmo princípio, é no conteúdo que elas se diferenciam e se resolvem. "Oblivion", novo filme com Tom Cruise , prima pelo visual, mas não sabe direito onde e como quer chegar.
A trama, assinada pelo diretor, Joseph Kosinski, e outros dois roteiristas, coloca o astro como um dos poucos sobreviventes de uma Terra devastada depois de uma guerra contra alienígenas.
"Ganhamos a guerra, mas destruímos o planeta", diz Jack (Cruise) mais de uma vez. Como fazem todos os diretores/roteiristas incapazes de explicar a trama e o cenário por meio da ação ou diálogos, Kosinski se vale de longas narrações, que padecem de excesso de informação e, no fundo, mais atrapalham do que ajudam.
Jack é um técnico que conserta os drones, esferas mortíferas programadas para detectar e exterminar extraterrestres e terráqueos perigosos.
Identificado como "número 49", Jack vive numa casa futurista, numa plataforma no meio do nada, com sua mulher Vica (Andrea Riseborough). Logo alguns detalhes começam a desestabilizar a eficiência da dupla, que se reporta diariamente aos seus superiores através de uma tela. Num momento que remete ao clássico "Fahenreit 451", o técnico pega para si um livro nas ruínas de uma biblioteca destruída.
Mais tarde, quando encontra humanos dentro de receptáculos, depois da queda de uma aeronave, ele resolve salvar a única sobrevivente, Julia (Olga Kurylenko). Leva-a para casa, e não conta nada para os seus superiores --apesar do ciúme de sua mulher.
Se em alguns momentos "Oblivion" faz lembrar uma espécie de versão menos fofa da animação "Wall-e", em outros, também lembra "Planeta dos Macacos". Mas Kosinski, cujo currículo inclui "Tron, O Legado", não é diretor de muita especulação, e sim de correrias, tiros e explosões.
A subtrama dos rebeldes --liderados por Morgan Freeman-- e da pirâmide invertida que flutua no céu --uma nova esperança, uma nova moradia, uma espécie de deus-- não parece muito bem resolvida na trama.
Como de costume, tudo se encaixa no sentido de fazer Cruise triunfar como herói, também no sentido romântico, ainda que o enredo, neste aspecto, mostre-se um tanto pueril.
Em tempo: o título original do longa, "Oblivion", traduz-se como "Esquecimento" - talvez o melhor motivo para a empresa distribuidora no Brasil não o traduzir tenha a ver com a tentativa de impedir piadas prontas.