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Tate Modern exibe homenagem ao celuloide

O museu projeta até março "FILM", um poema filmado pela artista britânica Tacita Dean que é ao mesmo tempo uma vibrante defesa do cinema analógico

Público assiste a projeção de 'FILM' na Tate: para o diretor Chris Dercon, os museus podem ser os únicos lugares para assistir filmes analógicos, caso os laboratórios de revelação fechem as portas (Carl Court/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 12h08.

Londres - A imensa Sala das Turbinas da Tate Modern projeta até o mês de março de 2012 "FILM", um poema filmado pela artista britânica Tacita Dean que é ao mesmo tempo uma vibrante defesa do cinema analógico, próximo de desaparecer desde o início da era digital.

O espectador, em um cenário escuro como uma sala de cinema, contempla uma tela vertical em forma de película, com perfurações nos lados, pelas quais desfilam durante 11 minutos todo tipo de imagens.

Um sol resplandecente, um caracol, um ovo, uma chaminé industrial, o mar, colagens do tipo Mondrian ou um olho se sucedem na tela, recriando a inventividade da sétima arte desde o início.

Algumas imagens foram coloridas a mão, outras são tão brilhantes que parecem digitais, mas todas foram feitas com a câmera, modelo antigo, e editadas manualmente por Tacita Dean.

"Nós criamos esta mídia magnífica e agora a estamos perdendo", lamentou a artista inglesa, nascida em 1965 e que mora atualmente em Berlim.

Para ela, o filme de 16 milímetros é o que corre mais risco.

"Apenas o filme permite ter este aspecto, esta impressão de movimento quando alguém se aproxima da tela", disse.

Para o diretor da Tate Modern, Chris Dercon, os museus podem ser os únicos lugares para assistir filmes analógicos, caso os laboratórios de revelação fechem as portas e as empresas interrompam a produção de rolos de filmes.

No livro que acompanha a mostra, 80 artistas falam sobre o cinema, como o diretor francês Jean-Luc Godard, para quem "o chamado cinema digital não é um simples meio técnico, e sim um meio de pensamento. E quando as democracias modernas fazem do pensamento técnico um meio separado, estas democracias predispõem ao totalitarismo".

"Hoje seus anos estão contados, mas permanecerei fiel ao filme analógico até o fechamento do último laboratório", afirma o cineasta Steven Spielberg.

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O espectador, em um cenário escuro como uma sala de cinema, contempla uma tela vertical em forma de película, com perfurações nos lados, pelas quais desfilam durante 11 minutos todo tipo de imagens.

Um sol resplandecente, um caracol, um ovo, uma chaminé industrial, o mar, colagens do tipo Mondrian ou um olho se sucedem na tela, recriando a inventividade da sétima arte desde o início.

Algumas imagens foram coloridas a mão, outras são tão brilhantes que parecem digitais, mas todas foram feitas com a câmera, modelo antigo, e editadas manualmente por Tacita Dean.

"Nós criamos esta mídia magnífica e agora a estamos perdendo", lamentou a artista inglesa, nascida em 1965 e que mora atualmente em Berlim.

Para ela, o filme de 16 milímetros é o que corre mais risco.

"Apenas o filme permite ter este aspecto, esta impressão de movimento quando alguém se aproxima da tela", disse.

Para o diretor da Tate Modern, Chris Dercon, os museus podem ser os únicos lugares para assistir filmes analógicos, caso os laboratórios de revelação fechem as portas e as empresas interrompam a produção de rolos de filmes.

No livro que acompanha a mostra, 80 artistas falam sobre o cinema, como o diretor francês Jean-Luc Godard, para quem "o chamado cinema digital não é um simples meio técnico, e sim um meio de pensamento. E quando as democracias modernas fazem do pensamento técnico um meio separado, estas democracias predispõem ao totalitarismo".

"Hoje seus anos estão contados, mas permanecerei fiel ao filme analógico até o fechamento do último laboratório", afirma o cineasta Steven Spielberg.

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