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Tandara é suspensa por doping e diz: 'condenada por algo que não fiz'

Jogadora da seleção brasileira de vôlei ficará quatro anos fora das quadras, mas ainda pode recorrer

O julgamento do seu caso durou oito horas e ela recebeu a punição máxima por unanimidade. (Luis Robayo/AFP/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de maio de 2022 às 09h01.

Tandara Caixeta falou pela primeira vez sobre seu caso de doping através das redes sociais nesta madrugada. A jogadora de vôlei foi condenada pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem e suspensa por quatro anos. Ela afirma que a decisão é injusta e que vai recorrer.

"Eu sempre fui movida a desafios e enfrentei muitas situações adversas durante a minha vida. Nunca me pronunciei abertamente sobre o caso do doping porque estava determinada a provar minha inocência, e ainda estou. Essa condenação é, particularmente, difícil pra mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz e Deus sabe", começou a dizer Tandara em um alonga postagem no Twitter.

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"Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso. Infelizmente, o entendimento da Primeira Câmara do TJDAD é incompatível com a melhor jurisprudência internacional. Em todo o caso, vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência", continuou.

O julgamento do seu caso durou oito horas e ela recebeu a punição máxima por unanimidade. Foi detectado o uso da substância ostamina. Tandara foi suspensa preventivamente ainda nas Olimpíadas de Tóquio.

Segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Ela pertence a uma classe de anabolizantes, modula o metabolismo e pode ajudar no ganho de massa muscular.

Tandara processava duas farmácias alegando contaminação cruzada, mas o argumento não foi validado por uma série de informações contraditórias. A jogadora da seleção brasileira ainda tentará recorrer para provar sua inocência.

A atleta foi campeã olímpica com a seleção brasileira em Londres 2012 e bronze no Mundial de 2014, além de ter conquistado um título de Jogos Pan-Americanos (Guadalajara 2011).

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