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Stallone monopoliza atenções no Oscar de melhor coadjuvante

Apenas Mark Rylance ("Ponte dos Espiões") aparece como um adversário com chances de surpreender Stallone


	Slyvester Stallone: a vitória de Stallone como melhor ator coadjuvante foi um dos momentos mais emocionantes do Globo de Ouro
 (Mario Anzuoni/Reuters)

Slyvester Stallone: a vitória de Stallone como melhor ator coadjuvante foi um dos momentos mais emocionantes do Globo de Ouro (Mario Anzuoni/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 14h46.

Los Angeles - A possibilidade de que Sylvester Stallone finalmente leve uma estatueta por sua interpretação do boxeador Rocky Balboa recebe todas as atenções no Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante, enquanto entre as concorrentes do prêmio feminino ocorre uma disputa muito acirrada.

Kate Winslet ("Steve Jobs"), Alicia Vikander ("A Garota Dinamarquesa") e Rooney Mara ("Carol") são apontadas pela crítica como as grandes favoritas a melhor atriz coadjuvante.

Já entre os indicados na categoria masculina, apenas Mark Rylance ("Ponte dos Espiões") aparece como um adversário com chances de surpreender Stallone.

Melhor Ator Coadjuvante

Sylvester Stallone - O golpe da nostalgia

A vitória de Stallone na categoria de melhor ator coadjuvante foi um dos momentos mais emocionantes da última premiação do Globo de Ouro, e seria surpreendente se, em função do gosto de Hollywood pela nostalgia, a Academia não premiasse Sylvester Stallone por "Creed: Nascido para Lutar" 39 anos depois de ele concorrer ao Oscar de melhor ator e ao de melhor roteiro original por "Rocky: Um Lutador".

Ícone do cinema de ação, Stallone se entregou às sagas de "Rocky" e "Rambo", e sua popularidade chegou até as novas gerações através de "Os Mercenários" e suas sequências.

"Creed: Nascido para Lutar" conta a história de Adonis (Michael B. Jordan), filho do ex-adversário e depois amigo de Rocky, Apollo Creed, que decide seguir os passos do pai e tenta convencer o personagem de Stallone para que seja seu treinador e o prepare para lutar.

Mark Rylance - Um espião russo para o Oscar

"Ponte dos Espiões", o suspense de espionagem na Guerra Fria dirigido por Steven Spielberg, rendeu ao eclético ator britânico Mark Rylance sua primeira indicação ao Oscar depois de ganhar o prêmio de melhor ator coadjuvante no Bafta.

Com uma longa e bem-sucedida trajetória, Rylance participou de trabalhos na TV, como a série "Wolf Hall", e de filmes como "Anjos e Insetos" (1995).

Rylance é indicado ao Oscar por sua interpretação de Rudolf Abel, um espião soviético capturado nos Estados Unidos e cujo futuro dependerá da defesa do advogado James B. Donovan (Tom Hanks).

Tom Hardy - A outra grande atuação de "O Regresso"

Talvez ofuscado pela arrasadora interpretação de Leonardo DiCaprio em "O Regresso", Hardy é candidato a melhor ator coadjuvante por seu papel no filme.

O ator britânico deixou sua marca nos filmes "A Origem" (2010) e "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" (2012) antes de ter um 2015 para não esquecer, já que, além de sua participação em "O Regresso", participou de outro grande sucesso da temporada, "Mad Max: Estrada da Fúria".

Em "O Regresso", Hardy encarna John Fitzgerald, um dos exploradores e membros da expedição que decide abandonar Hugh Glass (DiCaprio) quando este é atacado por um urso.

Mark Ruffalo - Um coadjuvante de luxo

Conhecido por ser um dos melhores atores de sua geração, Mark Ruffalo alcançou com "Spotlight: Segredos Revelados" sua terceira indicação ao Oscar, depois de "Minhas Mães e Meu Pai" (2010) e "Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo" (2014).

Sua interpretação de Bruce Banner e Hulk na saga "Os Vingadores" lhe valeu o reconhecimento das massas, embora Ruffalo tenha desenvolvido uma carreira muito completa que inclui papéis em "Conte Comigo" (2000) e "Mesmo Se Nada Der Certo" (2013).

Baseada na história real da investigação de "The Boston Globe", "Spotlight: Segredos Revelados" descreve o trabalho de um grupo de jornalistas para revelar os casos de abusos sexuais sofridos por crianças e cometidos por sacerdotes católicos.

Christian Bale - O "adivinho" da crise econômica

De todos os candidatos nessa categoria, Christian Bale é o único que sabe o que é subir ao palco para receber um Oscar, já que ganhou justamente na categoria de melhor ator coadjuvante por "O Vencedor" em 2011.

Muito lembrado por sua caracterização como Batman na trilogia de Christopher Nolan, Bale também pôs seu nome e sobrenome nos créditos de "Psicopata Americano" (2000), "O Grande Truque" (2006) e "Trapaça" (2013).

Inspirado na crise imobiliária que sacudiu a economia americana, o filme "A Grande Aposta" conta a história de uma série de analistas e investidores, como Michael Burry (Christian Bale), que anteciparam a queda do sistema.

Melhor Atriz Coadjuvante

Kate Winslet - Uma especialista em Oscar

Embora tenha recebido somente uma estatueta - como protagonista por "O Leitor" em 2009 -, Kate Winslet é uma especialista em Oscar, já que, com esta nova indicação por "Steve Jobs", acumula sete nomeações ao grande prêmio de Hollywood.

Lançada ao estrelato em "Titanic" (1997), Kate desenvolveu uma carreira muito variada e com filmes de qualidade como "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" (2004) e "Foi Apenas um Sonho" (2008).

Com um papel pelo qual ganhou o Globo de Ouro e o prêmio Bafta de melhor atriz coadjuvante, ela interpreta em "Steve Jobs" Joanna Hoffman, braço direito do gênio da Apple e, talvez, a única pessoa capaz de entender suas grandezas e misérias.

Alicia Vikander - A estrela polar

Sua carreira decolou de maneira brilhante e, atualmente, Alicia Vikander é uma das meninas da moda graças a filmes como "A Garota Dinamarquesa", pelo qual é candidata ao Oscar.

Esta jovem atriz sueca participou recentemente de sucessos como o surpreendente "Ex-Machina: Instinto Artificial" e "O Agente da U.N.C.L.E." (ambos de 2015).

Em breve, ela poderá se vista em "Jason Bourne", novo filme sobre o agente especial protagonizado por Matt Damon.

Alicia, que venceu nesta categoria na premiação do Sindicato dos Atores (SAG), concorrerá à estatueta por sua interpretação da pintora Gerda Wegener em "A Garota Dinamarquesa", que narra a descoberta da identidade feminina de seu marido, Einar Wegener (Eddie Redmayne), que foi o primeiro homem a se submeter a uma operação de mudança de sexo.

Rooney Mara - A inocência do amor

"Carol" conquistou o público pela emoção e sensibilidade da história, e boa parte do mérito corresponde a Rooney Mara, que com este filme acrescenta a seu currículo uma nova indicação ao Oscar, já que foi candidata em 2012 ao prêmio de melhor atriz por "Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres".

Sua inquietante e extraordinária interpretação de Lisbeth Salander na adaptação de Stieg Larsson foi o tiro de largada de sua popularidade, depois confirmada em longas-metragens como "Ela" (2013).

A tímida e inocente Therese Belivet (Mara) é a coprotagonista de "Carol", que relata a história de amor de duas mulheres na Nova York dos anos 50.

Rachel McAdams - A tenacidade do jornalismo

"Spotlight - Segredos Revelados" conta com um elenco muito grande, e a canadense Rachel McAdams dá o toque feminino dentro de um ambiente jornalístico dominado por homens, com uma interpretação que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar.

Ela conquistou o coração de meio mundo com o drama romântico "Diário de uma Paixão" (2004) e depois brilhou em filmes como "Meia-Noite em Paris" (2011).

Jennifer Jason Leigh - A mais nova musa de Tarantino

O último filme de Quentin Tarantino, "Os Oito Odiados", recebeu apenas três indicações ao Oscar, sendo que uma delas foi para Jennifer Jason Leigh.

Atriz de renome e ligada ao cinema independente, Jennifer Jason Leigh atuou em filmes como "Mulher Solteira Procura" (1992), "O Homem Que Não Estava Lá" (2001) e "Estrada Para Perdição" (2002), entre muitos outros.

Em "Os Oito Odiados", a atriz interpreta uma prisioneira e faz parte dos singulares membros de uma caravana que busca refúgio devido a uma tempestade de neve.

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