Pompéia, Itália - Descobrir um célebre sítio arqueológico à luz de tochas: o evento "As Luas de Pompeia" será realizado a partir desta sexta-feira, 12, prosseguindo até o dia 21 de agosto, e retomado, depois, nos finais de semana, até o final de outubro, anunciaram os organizadores.

Oito percursos serão realizados com luzes, ruídos da vida cotidiana da época e narrativas, propostos aos visitantes que podem reservar o ingresso pela internet (www.scavidipompei.it).

Trata-se da terceira edição de as "Luas de Pompeia", um evento financiado pela região de Campania (em torno de Nápoles) com a ajuda de fundos europeus. As cidades dos flancos do Vesúvio, ricas em história, se associaram, para realizar, também, nesta primeira quinzena de agosto, noites marcadas por nove concertos de artistas italianos conhecidos.

Em Pompeia, a visita começa com a "Lua da morte" representando a nécropole de Porta Nocera, local de culto aos mortos, seguindo-se a "Lua virtual" com a projeção de imagens reconstituindo monumentos destruídos da cidade.

Uma outra Lua é a da Esperança, no Jardim dos Fugitivos, com a exposição de 13 moldes de corpos de moradores da cidade vítimas da erupção trágica.

"Esta edição é rica em novidades e estou certo de que Pompéia se apresenta vestida para a noite iluminada, com o evento podendo se tornar motor de turismo para o Departamento de Nápoles", comentou o prefeito da cidade, Claudio D'Alessio.

Os percursos tornam-se ainda mais sugestivos com a projeção de hologramas, jogos de luzes e narrações confiadas ao ator Luca Ward, especialista na dublagem de filmes.

Situada perto de Nápoles, Pompeia, cidade sepultada pelas cinzas do Vesúvio, durante a erupção de 24 de agosto de 79, constitui o conjunto mais bem conservado de uma cidade da época romana. É classificada como patrimônio mundial da Humanidade pela Unesco, desde 1997.

No dia 6 de novembro passado, a Casa dos Gladiadores, chamada assim pelos atletas que vinham treinar nela, desabou, acontecendo o mesmo, no dia 30 de novembro, com um lado da parede da Casa do Moralista. Os opositores do governo atribuíram a fatalidade à falta de manutenção do sítio.

O novo ministro italiano da Cultura, Giancarlo Galan, anunciou em meados de abril um plano de conservação ambicioso, programado para vários anos, para toda a zona arqueológica.