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Sindicato dos Jornalistas de Brasília pede limites ao CQC

A onda de reclamações que chegou ao sindicato diz respeito ao mais recente episódio, a visita de Hillary Clinton ao Brasil

A entrevista foi interrompida quando um dos humoristas , sentado como sempre nos locais destinados à imprensa, tentou entregar uma máscara de Carnaval a Hillary (Divulgação/Band)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 15h37.

Brasília - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu nesta quinta-feira a colocação de limites para impedir que os humoristas do programa da "Band" Custe o Que Custar (CQC) prejudiquem o trabalho da imprensa em Brasília.

A onda de reclamações que chegou ao sindicato diz respeito ao mais recente episódio, a visita da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

"Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística", justifica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.

Na mesma nota, o sindicato pede que as assessorias de imprensa dos organismos governamentais, principalmente as da Presidência e a do Itamaraty, "adotem as medidas necessárias para garantir tal preponderância".

Os líderes sindicais alegam que "perante os abusos da equipe do CQC" são necessárias medidas das assessorias de imprensa para garantir as condições de trabalho dos jornalistas.

"Não nos consta que em qualquer outro lugar do mundo profissionais do jornalismo e humoristas recebam o mesmo tipo de credenciamento", acrescenta a nota.

O sindicato protestou principalmente pelo incidente provocado pelos humoristas do programa CQC na entrevista coletiva que a secretária americana de Estado concedeu na segunda-feira junto ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Segundo os jornalistas que participavam da coletiva, a entrevista foi interrompida quando um dos humoristas do CQC, sentado como sempre nos locais destinados à imprensa, tentou entregar uma máscara de Carnaval a Hillary Clinton.

Os membros da equipe de segurança impediram a entrega e retiraram rapidamente à secretária de Estado da sala de entrevistas diante do protesto de jornalistas e fotógrafos, e de empurrões entre humoristas e comunicadores.

"Este sindicato recebeu nas últimas horas dezenas de reivindicações relativas à forma como integrantes do programa humorístico CQC se comportaram em coletivas de imprensa e cerimônias governamentais", ressalta a nota.

"O episódio mais recente e grave ocorreu na visita da secretária de Estado dos EUA. Esse tipo de comportamento gera vergonha e conflitos que frequentemente prejudicam o bom desempenho dos profissionais de imprensa e muitas vezes precipitam o fim das entrevistas e restrições ao acesso dos jornalistas a autoridades", acrescenta o comunicado.

O sindicato colocou seu departamento jurídico à disposição de jornalistas interessados em processar os humoristas por danos morais e físicos.

"Também pedimos aos profissionais do CQC uma reflexão sobre seu modus operandi, para que levem em conta os princípios como respeito e profissionalismo", conclui a nota.

O CQC, que é exibido desde 2008 no Brasil pela mesma produtora do programa na Argentina, chegou a ter proibida a entrada no Congresso Nacional por algumas semanas, mas o Parlamento voltou atrás. EFE

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Brasília - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu nesta quinta-feira a colocação de limites para impedir que os humoristas do programa da "Band" Custe o Que Custar (CQC) prejudiquem o trabalho da imprensa em Brasília.

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"Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística", justifica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.

Na mesma nota, o sindicato pede que as assessorias de imprensa dos organismos governamentais, principalmente as da Presidência e a do Itamaraty, "adotem as medidas necessárias para garantir tal preponderância".

Os líderes sindicais alegam que "perante os abusos da equipe do CQC" são necessárias medidas das assessorias de imprensa para garantir as condições de trabalho dos jornalistas.

"Não nos consta que em qualquer outro lugar do mundo profissionais do jornalismo e humoristas recebam o mesmo tipo de credenciamento", acrescenta a nota.

O sindicato protestou principalmente pelo incidente provocado pelos humoristas do programa CQC na entrevista coletiva que a secretária americana de Estado concedeu na segunda-feira junto ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Segundo os jornalistas que participavam da coletiva, a entrevista foi interrompida quando um dos humoristas do CQC, sentado como sempre nos locais destinados à imprensa, tentou entregar uma máscara de Carnaval a Hillary Clinton.

Os membros da equipe de segurança impediram a entrega e retiraram rapidamente à secretária de Estado da sala de entrevistas diante do protesto de jornalistas e fotógrafos, e de empurrões entre humoristas e comunicadores.

"Este sindicato recebeu nas últimas horas dezenas de reivindicações relativas à forma como integrantes do programa humorístico CQC se comportaram em coletivas de imprensa e cerimônias governamentais", ressalta a nota.

"O episódio mais recente e grave ocorreu na visita da secretária de Estado dos EUA. Esse tipo de comportamento gera vergonha e conflitos que frequentemente prejudicam o bom desempenho dos profissionais de imprensa e muitas vezes precipitam o fim das entrevistas e restrições ao acesso dos jornalistas a autoridades", acrescenta o comunicado.

O sindicato colocou seu departamento jurídico à disposição de jornalistas interessados em processar os humoristas por danos morais e físicos.

"Também pedimos aos profissionais do CQC uma reflexão sobre seu modus operandi, para que levem em conta os princípios como respeito e profissionalismo", conclui a nota.

O CQC, que é exibido desde 2008 no Brasil pela mesma produtora do programa na Argentina, chegou a ter proibida a entrada no Congresso Nacional por algumas semanas, mas o Parlamento voltou atrás. EFE

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